postado em 31/08/2011 14:03
O motorista Éder Carlos de Jesus Cruz, 27 anos, sofreu sequestro relâmpago na BR-020 na madrugada desta quarta-feira (31/8), por volta das 3h10, em uma parada de ônibus no sentido Plano Piloto - Sobradinho. Cruz sofreu ameaças de morte por parte dos bandidos, teve o carro incendiado e ainda poderá responder judicialmente por transporte ilegal de passageiros.Éder transportava apenas uma pessoa no carro em direção a Sobradinho. No ponto de ônibus em frente ao armazém Rezende, parou o carro para o passageiros descer quando os jovens Rodrigo Oliveira Sales (Neguinho), 28 anos, e Cristiano de Jesus Jerônimo, 23 anos, e dois adolescentes anunciaram o assalto.
De acordo com a 13; Delegacia de Polícia (Sobradinho), responsável pela região, Éder foi levado no carro para um depósito próximo ao ponto de ônibus. "É um lugar deserto e perigoso", descreveu o delegado-chefe da 13; DP, Rogério Oliveira. Lá, ele sofreu tortura psicológica por parte dos criminosos, que o ameaçavam de morte.
Ainda de acordo com o delegado, Éder fugiu correndo e caiu em um córrego (de circulação de esgoto). O motorista nadou e caminhou em direção a um posto da Polícia Militar. Então, PMs saíram em uma viatura para procurar o carro de Éder e encontraram-no incendiado. Perto do local onde estava o veículo, havia quatro homens: dois eram os passageiros que assaltaram o motorista; os demais, menores de idade. A polícia os abordou e encontrou os pertences de Éder. A vítima reconheceu os bandidos em seguida.
Rodrigo Oliveira tem passagens pela polícia desde 2004, por porte ilegal de arma, roubos, tentativas de homicídio e outros crimes. Já Cristiano de Jesus tem ficha criminal desde 2006, por tentativas de homicídio.
Para o crime realizado na última madrugada, Rodrigo e Cristiano responderão na Justiça por roubo qualificado, dano qualificado e corrupção de menores. No total, as penas pelos três crimes podem chegar a 22 anos. Já o motorista Éder responderá por transporte ilegal de passageiros.
O delegado Rogério Oliveira recomenda aos cidadãos que não utilizem o transporte pirata. "Eles não passam por fiscalização e colocam a vida dos passageiros em risco."