postado em 31/08/2011 19:00
O filho de 7 anos dos donos de uma lanchonete em Brazlândia foi levado por bandidos por engano na noite desta terça-feira (30/8). Dois ladrões assaltaram o estabelecimento na Quadra 5 do Setor Norte, por volta das 22h30 e, ao levar o carro do casal, não perceberam que a criança dormia no banco de trás. O menino foi deixado - sem ter sofrido qualquer tipo de violência - a cerca de 1 km da lanchonete.A mulher teria ido buscar o marido no trabalho e estacionou o carro próximo ao local. O assaltante entrou no estabalecimento e, segundo o dono, pediu um refrigerante e anunciou o assalto. O bandido estava armado.
O cúmplice, do lado de fora, rendeu a esposa do dono da lanchonete e a levou para dentro do estabelecimento. Os dois foram trancados na cozinha e a chave do carro - um Ford Fiesta - foi roubada. O casal arrombou o portão e quebrou o vidro da porta para conseguir sair do local. Ao perceber que o carro havia sido roubado, avisaram a polícia do sumiço do filho.
O menino foi deixado pelos assaltantes a cerca de 1km do estabelecimento, em um ponto de ônibus. Ele conta que acordou e chamou pelo pai. Só então os bandidos perceberam a presença do garoto. Uma van que fazia transporte na região levou a criança para o posto policial onde o casal estava. Ele ficou desaparecido por cerca de meia hora.
O casal e o filho não sofreram qualquer tipo de violência por parte dos bandidos. Da lanchonete, foram roubados R$ 130 e um aparelho de celular. O carro foi deixado pelos assaltantes em uma estrada de terra próxima ao local. O delegado-adjunto da 18; DP, Fernando Cocito, acredita que o objetivo era roubar o carro, mas que o envolvimento da criança no crime assustou os bandidos. "Essas pessoas sabem que, ao envolver crianças, podem se complicar bastante", diz.
Os assaltantes ainda não foram encontrados. Eles devem responder pelo crime de roubo com restrição de liberdade, cuja reclusão varia entre quatro e 10 anos. "A pena poderá ser aumentada de um terço à metade, por conta do emprego de armas de fogo e por terem agido em mais de uma pessoa", explica Cocito.