O corretor imobiliário de 29 anos que manteve a namorada como refém durante a tarde deste domingo (4/9) se entregou depois de 1h20 de negociação com a polícia. Ele usou uma carabina puma de calibre .38 para ameaçar a jovem após o casal passar horas discutindo. Os dois estavam sozinhos no apartamento do pai do rapaz, no bloco R da 408 sul.
A arma pertence ao pai do jovem, um advogado, que ajudou nas negociações e o convenceu a entregar a carabina aos policiais. O rapaz deixou o apartamento minutos após ficar desarmado, por volta das 17h30.
A namorada, uma estudante de 23 anos, contou em depoimento à polícia que a briga foi motivada por ciúmes, já que o rapaz desconfiava de uma suposta traição. Após ter os cabelos cortados pelo namorado, ela se trancou no banheiro do apartamento, tentando fugir das agressões. O corretor, então, teria tentado arrombar a porta sem sucesso. Em depoimento à polícia, a moça disse que não sofreu ameaças de morte, mas foi impedida de deixar o local, o que configura crime de cárcere privado. O rapaz e seu pai insistem que ela teria permanecido no apartamento por votade própria, já que ele estaria ameaçando cometer suícidio.
Segundo relatos de vizinhos, a moça gritou na janela do apartamento pedindo ajuda pouco antes das 15h, o que alguns moradores a chamar os policiais. Esta não seria a primeira briga violenta do casal.
Durante a briga, o rapaz teria ingerido comprimidos para diabetes e hipertensão utilizado pelo pai e, por isso, foi encaminhado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) para passar por uma lavagem estomacal. Segundo informações da PM, por ter sido preso em flagrante, assim que ele deixar o Hran, será encaminhado para a 1; DP para prestar depoimento.
O jovem será autuado por disparo de arma de fogo, crime com pena prevista de dois a quatro anos, e também por cárcere privado, com pena prevista de um a três anos de prisão.
[SAIBAMAIS]