Quatro meses de investigação da Polícia Civil, com a Operação Clone, resultou na prisão de 15 pessoas, na manhã desta segunda-feira (5/9). A quadrilha é acusada de roubar malotes bancários que saíam dos bancos do DF repletos de cheques. O bando agia geralmente entre 18h e 19h, e sete assaltantes participavam dos roubos. Entre os presos, três são mulheres. De acordo com a polícia, outras três pessoas ainda estão foragidas.
Segundo o delegado-chefe Marcelo de Paula Araújo, da 2; Delegacia de Polícia, dos 15 presos, sete assaltavam os carregadores dos malotes e depositavam os cheques em contas de terceiros. "Os demais serviam como ;laranjas; e permitiam que o dinheiro roubado fosse transferido a contas particulares para depois o repassarem", explicou. Para autorizar o recebimento, os laranjas recebiam uma recompensa. A quadrilha especializada no roubo de malotes está vinculada a pelo menos seis casos. Os assaltos aconteceram em Taguatinga, Lago Sul, SIA e Saan.
Com a quadrilha, os investigadores apreenderam cheques roubados, computadores, celulares, carros, uma motocicleta e duas armas, sendo uma falsa. A quantia ainda não foi calculada, mas, segundo o delegado, "ultrapassa milhões de reais". O último assalto ocorreu no dia 9 de agosto.
Assaltos
De acordo com o delegado, os assaltantes esperavam a saída dos malotes na porta dos bancos, abordavam os carregadores, entravam no carro com eles e os levavam para lugares sem movimentação. Em seguida, roubavam o dinheiro e abandonavam o veículo no local. Em todos os casos, os assaltantes agiam armados.
Segundo o delegado, os cheques com valores baixos eram depositados na conta de laranjas. Já os cheques com quantia elevada eram clonados. "Eles esperavam dias e depositavam o dinheiro em contas bancárias em outros Estados", completou Araújo.
Prisão
O grupo vai responder por roubo qualificado, formação de quadrilha, receptação e falsificação de documento.