Um policial militar (PM) é suspeito de, durante o expediente, ter matado a tiros o rottweiler de Willian Dyego Oliveira, de 23 anos, enquanto o cão e o profissional autônomo passeavam por uma praça em Taguatinga Norte. O crime ambiental (previsto na Lei 9.605/68) teria ocorrido em 28 de agosto deste ano, mas não foi possível realizar a perícia porque a cena foi desfeita.
O caso está sendo investigado pela 17; Delegacia de Polícia (DP), de Taguatinga Norte. A Central de Comunicação da Polícia Militar informou que será instaurado procedimento para apurar os fatos e, em caso de constatação do crime, os responsáveis serão punidos.
Segundo o dono do animal, Willian Dyego Oliveira de 23 anos, o crime ocorreu por volta das 19h30, enquanto ele passeava com Ralf, um rottweiler de 5 meses. "O PM passou com a viatura e reclamou do fato de meu cachorro não estar com focinheira. Perguntei se isso era motivo de me prender e, em seguida, ele desceu do carro e atirou", contou.
Consta do depoimento de Willian que o filhote de rottweiler estava sob controle. Segundo a ocorrência, Ralf estava entre as pernas do dono quando morreu.
O PM, por sua vez, afirma que, ao descer do automóvel, o animal avançou nele. A corporação esclareceu, em nota, que o trânsito de cachorros de raças tipicamente agressivas em vias públicas ou parques deverá acontecer com enforcadeira ou focinheira (segundo previsto na lei distrital n; 2095/1998), e que o animal não estava usando nenhum desses equipamentos de segurança.
No ato de registro da ocorrência, o dono de Ralf teve de assinar um termo circunstanciado por desacato à autoridade. A arma está retida para avaliação. Os agentes da 17; DP buscam testemunhas sem grau de parentesco com os envolvidos para prestar mais esclarecimentos sobre o ocorrido e amparar nas investigações de modo a descobrir se o PM deve ser autuado ou não pelo crime ambiental.