Na última quarta-feira (7/9), os servidores técnicos administrativos da Universidade de Brasília (UnB) completaram três meses em greve. A paralisação, que atinge mais 51 universidades federais, ainda não foi objeto de nenhuma resposta do governo e não tem data para acabar.
Nesta quinta-feira (8/9), os grevistas se reuniram em assembleia na Praça Chico Mendes, na Universidade de Brasília, e votaram algumas atividades para a próxima semana. Uma delas será uma manifestação na terça-feira (13/9) contra a participação de capital privado nos hospitais das universidades públicas.
De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Antônio Guedes, como não houve negociação direta com o governo federal, os servidores agora estão buscando mecanismos para pressionar o Congresso Nacional a intervir na questão e conceder o aumento no piso salarial da categoria.
Após três meses de paralisação, Antônio Guedes avalia que não houve nenhum avanço e nenhuma proposta que beneficiasse os servidores técnico-administrativos. "Ainda não podemos acabar com a greve, vamos tentar conseguir algum benefício com o apoio do Congresso", informa.
Reivindicação
Os servidores querem o reajuste do piso de três salários mínimos e o atendimento de reivindicações discutidas desde 2007, como a racionalização dos cargos e o reposicionamento aos aposentados. Eles ainda pedem a abertura imediata de concursos públicos para substituir a mão de obra terceirizada nas áreas administrativas e nos hospitais universitários.