Jornal Correio Braziliense

Cidades

Agentes de reintegração do Caje se reúnem para discutir exigências ao GDF


Cerca de 90 agentes de reintegração social se reuniram em frente ao Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) na manhã desta segunda-feira (12/9). Por volta das 10h, agentes que saíam do plantão se juntaram a profissionais de folga para discutir exigências a serem feitas ao GDF. A reunião veio após um princípio de rebelião no domingo (11/9), que deixou três agentes feridos.

Dentre os pedidos estão o aumento do efetivo, esvaziamento da instituição, que está superlotada, e início da discussão para que os agentes possam utilizar armas não letais. Os agentes querem ainda que o Caje volte a funcionar lotado na Secretaria de Justiça e não na Secretaria de Criança. Segundo eles, na Secretaria de Justiça eles respondem a gestores com experiência em segurança pública, o que facilita na hora de discutir as necessidades da instituição.

Após a coversa, o grupo seguiu para o Palácio do Buriti.

Violência
O princípio de rebelião no domingo envolveu 35 internos. Segundo o delegado de plantão Zander Vieira Pacheco, da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), a confusão começou por volta das 10h50, quando os adolescentes tentaram fazer um agente penitenciário de refém para uma fuga. Ele reagiu e pediu ajuda a outros agentes. Os internos, por sua vez, usaram cabos de vassoura e rodos, cordas e até escovas de dente para agredí-los.

[SAIBAMAIS]A polícia suspeita que os parentes sabiam da rebelião, já que, por volta das 10h20, eles começaram a se ausentar do local, sendo que o horário de visitação termina às 11h.

Os três agentes feridos e os jovens prestaram depoimento na DCA. Segundo o delegado, os jovens podem responder por tentativa de homicídio, motim e lesão corporal. O Caje atende 420 internos, com capacidade para apenas 160. Cerca de 40 agentes fazem a segurança do local em regime de plantão.