Cidades

Preço das academias no DF encareceu quase quatro vezes mais que a inflação

postado em 14/09/2011 07:58

Regiane Prata, desde  2009, paga o mesmo preço, mas espera reajuste em novembro. Ela não reclama, pois acha que as opções oferecidas compensamA população do Distrito Federal está acostumada a lidar com reajustes sobre os custos de produtos e serviços mais salgados do que os registrados em outros estados. Em 2011, a lógica do custo de vida caro tornou a confirmar-se para o brasiliense, dessa vez com relação aos preços das academias de ginástica. De janeiro a agosto, o custo de malhar aumentou 17,18% para os moradores de Brasília e região, segundo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O incremento é mais do que o dobro da média nacional, que foi 7,87% no mesmo período, e quase quatro vezes maior do que a inflação geral de 4,42%.

A escalada de valores no DF bateu a das oito demais regiões metropolitanas onde a medição do IBGE é realizada (veja quadro). Fortaleza, que cravou o segundo maior aumento no ano, ficou 5,4 pontos percentuais atrás da capital federal. Embora o resultado anual de Brasília tenha surpreendido, entre julho e agosto, o cenário ficou dentro da normalidade. Os desembolsos com academias subiram 2,2% na comparação mensal, abaixo do patamar nacional de 2,33% e do verificado em cidades como Porto Alegre (variação positiva de 6,45%), e Rio de Janeiro (alta de 4,45%).

A justificativa para a mensalidade mais salgada é a necessidade de ajuste periódico e de acompanhamento o mercado, que está aquecido. Grandes redes nacionais desembarcaram em terras candangas este ano. A Runner abriu as portas em Águas Claras e a Body Tech inaugurou no Sudoeste sua segunda unidade no DF. Ambas são voltadas para o público de maior poder aquisitivo.

Aumento
Rita de Cássia de Oliveira, que trabalha na área administrativa de uma academia com nível equiparável ao das duas recém-chegadas, mas pertencente a donos locais, afirma que uma das preocupações no momento de redefinir o valor das taxas é não se afastar da média cobrada por empresas do mesmo porte. ;A gente tenta não ficar muito abaixo nem acima. O reajuste acontece em março ou fevereiro e sempre há a promoção da renovação de matrículas;, conta, explicando que os alunos que decidem permanecer na casa são premiados com mais alguns meses sem mudança na mensalidade.

A última alteração elevou de R$ 299 para R$ 350 o custo do plano com fidelização anual. Ou seja, variação exata de 17%, em concordância com a inflação registrada pelo IPCA. Para alunos da unidade, como a funcionária pública Regiane Prata Fonseca, 39 anos, a solução para o bolso não ser tão lesado é aproveitar as promoções ofertadas e renovar matrícula antecipadamente. ;Comecei a malhar aqui em 2009 e desde então pago o mesmo preço. Mas a partir de novembro deste ano já deve mudar;, lamenta. Ainda assim, ela acredita que a gama variada de opções da academia compensa o que desembolsa.

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