postado em 28/09/2011 20:00
Depois de passarem cinco dias detidos, foram soltos os 12 envolvidos no esquema de corrupção na Agência da Fiscalização do DF (Agefis) para liberar obras irregulares. A prisão preventiva serviu apenas para facilitar o andamento das investigações. Um mandado de prisão ficou pendente em razão do suspeito não ter sido localizado. Participaram do esquema grileiros e empresários, além de fiscais da Agefis. Os quatros auditores da Agefis sofreram afastamento e dois deles, que ocupavam cargo de chefia, tiveram a exoneração publicada no Diário Oficial do DF. De acordo com o procurador chefe da agência, Jairo Lopes, o gerente Moises de Carvalho Lima, 38, e o supervisor de equipe Carlos Alberto Oliveira Costa, 56 perderam as respectivas funções.
Corrompidos
O trabalho de investigação do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF e Territórios e da Divisão de Combate ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil do DF apontou indícios de cobrança de propinas no órgão responsável pela fiscalização do cumprimento da lei. O dinheiro ilícito era usado em um esquema de corrupção envolvendo grilagem de terras. Os suspeitos podem responder na Justiça pelos crimes de corrupção, tráfico de influência, concussão e extorsão.
A Polícia Civil batizou a ação como "Operação Acton" em referência ao filosófo John Acton que viveu na Inglaterra, relacionando o fato aos superpoderes dos fiscais do DF. A Acton se atribuiu a frase: "Se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente".