Cidades

MPDFT abre ação de improbidade contra seis investigados na Caixa de Pandora

postado em 01/10/2011 13:01
O Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF ingressou na Justiça com uma ação de improbidade administrativa contra seis personagens considerados centrais da Operação Caixa de Pandora: o delator do esquema, Durval Barbosa, os ex-governadores José Roberto Arruda e Joaquim Roriz, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do DF, Domingos Lamoglia, o ex-assessor de imprensa do GDF, Omézio Pontes, e o policial aposentado Marcelo Toledo Watson. Na ação, os promotores de Justiça pedem o bloqueio dos bens dos réus no valor de R$ 1 milhão.

Décima ação de improbidade apresentada pelo NCOC referente à Caixa de Pandora, essa última pode ter como consequência uma mudança nos rumos do processo. Entre as condenações propostas para punir a prática de enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e atos de improbidade, os promotores de Justiça pedem o afastamento de Domingos Lamoglia de sua função pública por considerar que ele era ;braço direito; de Arruda e um dos responsáveis por ;coletar o dinheiro ilícito em benefício do grupo criminoso;. Se a Justiça concordar com o entendimento do MP e Lamoglia perder o cargo, o processo da Caixa de Pandora, que tramita no Superior Tribunal de Justiça, vai descer para a primeira instância. Por ter foro especial na condição de conselheiro, é Lamoglia quem sustenta a ação no STJ.

Entre as evidências reunidas na ação de improbidade proposta pelo NCOC, há depoimentos de Durval, escutas ambientais que gravaram conversas de Arruda com o delator do esquema e três vídeos, um deles o que registra Arruda recebendo R$ 50 mil das mãos do próprio Durval. Ao final dessa filmagem, o ex-governador fala ao telefone com o então governador Joaquim Roriz, personagem que, segundo o MP, participou ativamente do processo de corrupção. Segundo a investigação, os pagamentos ilegais feitos a Arruda e a assessores do ex-governador eram a mando de Roriz.

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