Cidades

Emoção e saudade marcam reunião de jornalistas no Clube da Imprensa

postado em 03/10/2011 15:58
Ari Cunha (E), Ezio Pires, José Natal, Rita Nardelli, Luiz Joca e Tarcísio Cavalcanti participaram do encontro

A velha guarda do jornalismo candango relembrou momentos marcantes da época em que exercia a profissão na redação do Correio Braziliense, durante encontro realizado no Clube da Imprensa. O evento contou com a presença de alguns dos primeiros jornalistas da década de 1960 a trabalhar no jornal, além de reunir um grupo de 20 ex-repórteres, editores, fotógrafos e artistas gráficos na tarde de sábado. Quem participou teve a chance de assistir à exibição de um curta sobre a fundação do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal.

Mentor da confraternização, o cearense Luís Joca havia organizado outros dois encontros anteriores, em 1998 e em 2008. O jornalista trabalhou nos cadernos de Cidades e de Política do Correio por seis anos, entre 1978 e 1984. Saudoso, ele admitiu sentir falta da reportagem. ;Fico lembrando dos velhos amigos e do jornalismo que se fazia naqueles tempos. Éramos mais unidos do que os profissionais de hoje;, avaliou.

Entre os que compareceram ao evento estava o potiguar Tarcísio Cavalcanti, que trabalhou como repórter, chefe de reportagem e editor do caderno de Cidades, entre 1973 e 1978. Ele voltou a morar em Natal (RN), mas fez questão de matar a saudade dos colegas e amigos e retornou a Brasília para participar do encontro. ;É importante para mim estar aqui, porque eu quero muito bem aos meus companheiros. Temos uma relação muito boa e sinto falta da união que tínhamos na época;, afirmou.

Ao lado de Cavalcanti, estava o vice-presidente Institucional do Correio, o cearense Ari Cunha, que marcou presença e relembrou episódios notáveis. ;Eu lembro que íamos até a Cidade Livre para ver a chegada dos candangos para noticiar. Acompanhei isso diversas vezes;, contou. Ele assina a coluna Visto, Lido e Ouvido desde 1960 e (re)publica trechos de episódios que fizeram parte da história de Brasília.

As conversas foram inúmeras. Muitos não se viam há anos. As marcas da experiência presentes no corpo de cada um e o avanço da idade fizeram com que alguns demorassem a reconhecer os amigos do passado. ;Racsow? Ah, sim, eu lembro de você na época em que eras ainda um menino. Você está mudado;, recordou Ari Cunha, ao ser abraçado pelo chargista Francisco Oscar Morais de Souza, o Racsow. ;Acho muito legal esse reencontro, porque antes éramos garotos. Agora, envelhecemos;, concluiu o chargista.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação