Uma carroceria de madeira trazendo 1,2 tonelada de queijo proveniente de Minas Gerais foi apreendida por fiscais da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal na BR-020 (altura de Sobradinho) por volta das 13h desta segunda-feira (3/10). De acordo com a secretaria, o alimento não tinha selo de origem ou de inspeção e era transportado em situação precária, sem refrigeração e coberto com uma lona. Os fiscais tomaram conhecimento sobre a carga após denúncia anônima. O produto confiscado já foi incinerado.
Segundo os fiscais, a mercadoria seria comercializada e distribuída em feiras de Sobradinho e Taguatinga e o percursso era feito pelo produtor três vezes por semana.
De acordo com a diretora da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) da Secretaria de Agricultura, Cristyanne Barbosa Taques, essa é uma quantidade considerável em termos de apreensões, que costumam ocorrer uma vez por semana ou quinzenalmente. Este ano já foram apreendidas 70 toneladas. "O prejuízo para o produtor é muito grande. O alimento transportado hoje estava fora dos padrões sanitários e algumas peças de queijo já se encontravam em processo de decomposição enquanto outras apresentavam indícios de mordidas de ratos. Então, eles apenas lavam os produtos e ralam para vender", contou.
Saúde Pública
Para Cristyanne Barbosa, o risco é grande para a população consumidora e caracteriza um sério problema de saúde pública. "A falta de conhecimento sobre a origem não permite saber a sanidade do rebanho e a qualidade do leite utilizado para fazer os queijos. E existem algumas doenças de difícil resolução e tratamento que são transmitidas por esse consumo inapropriado, podendo causar tuberculose e infecções alimentares também em razão do condicionamento do produto", explicou.
A diretora alerta que a identificação de alimentos de qualidade deve ser feita por meio do selo de inspeção Dipova, que se referem a itens produzidos e comercializados em Brasília e o Sistema de Inspeção Federal (SIF), que vale como referência em todo o país. Segundo a secretaria, a fiscalização começa dentro dos frigoríficos e acompanha todos os estágios de preparação.