postado em 06/10/2011 06:50
O professor Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, deve permanecer no Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, pelo menos até a próxima quinta-feira. É quando quatro desembargadores do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) deverão se reunir para julgar o mérito do habeas corpus, negado na noite da última terça-feira pelo desembargador George Lopes Leite, da 1; Turma Criminal. O magistrado manteve a decisão do juiz Sandoval Gomes de Oliveira de não conceder o relaxamento da prisão ao acusado e a enviou ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), com pedido de mais informações.Rendrik acabou preso em flagrante pela polícia no último sábado, horas depois de ter matado a estudante de direito Suênia Sousa de Farias, 24 anos. A defesa do professor entrou com pedido de relaxamento de prisão, sustentando que a detenção era ilegal, uma vez que o acusado tem endereço fixo, não apresenta antecedentes criminais, além de ter se entregado espontaneamente. O magistrado, porém, decretou a preventiva e indeferiu o pedido. Para o juiz, permaneciam ;inalterados os requisitos que fundamentaram o decreto de prisão preventiva;.
[SAIBAMAIS]Com isso, os defensores de Rendrik podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas até o fim da tarde de ontem isso não havia sido feito. O advogado Andrew Fernandes Farias disse que só se manifestará em juízo. A próxima fase do processo dependerá do MPDFT, responsável pela denúncia. A polícia indicou o acusado por homicídio qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima). A pena varia de 12 a 30 anos.
Feira do Rolo
Em depoimento à 27; Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), o professor contou que a pistola calibre .380 usada no crime foi comprada por R$ 500 na Feira do Rolo, em Ceilândia. O local é conhecido pela venda de produtos roubados ou sem notas fiscais. Rendrik acrescentou que jogou a arma em um matagal próximo ao Jockey Club, mas os investigadores do caso não a encontraram após uma varredura.
O professor disse ainda que, ao abordar Suênia no estacionamento do UniCeub, a convidou para ir até o carro dele, mas a vítima não aceitou. Os dois, então, conversaram no carro do marido dela, Hélio Prado, um Sandero. O casal seguiu logo depois rumo à Estrada Parque Taguatinga (EPTG), onde discutiu. O professor teria obrigado a jovem a ligar para o marido, Hélio Prado. Segundo informou o acusado aos investigadores, em seguida ela admitiu ter reatado com Hélio, momento em que Rendrik disparou quatro vezes contra Suênia. Três tiros atingiram a moça. Um, o celular da vítima.
Homenagem
A missa de sétimo dia de Suênia está prevista para hoje, às 19h30, na Igreja São Paulo, no Incra 8. Familiares marcaram inicialmente a cerimônia no Santuário Menino Jesus de Praga, em Brazlândia, mas não foi possível devido à lotação da agenda da igreja.