Cidades

Polícia Civil deflagra operação contra irregularidade no transporte público

Breno Fortes
postado em 07/10/2011 09:28
A Polícia Civil do Distrito Federal por meio da Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública do DF deflagrou na madrugada desta sexta-feira (7/10) a Operação Regin, contra irregularidades no transporte público. Foram expedidos cinco mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão, em Santa Maria, Gama, Paranoá, Recanto das Emas, Guará, Taguatinga. Foram apreendidos computadores, pen-drives e documentos.

Josenildo Batista da Silva, presidente da Coopatag, preso pela Polícia Civil durante Operação ReginAté o momento três pessoas foram presas. Josenildo Batista da Silva, diretor da Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo do Gama/DF ; COOPATAG, José Estelito Lopes e Adevandro Pereira da Silva. Os dois últimos já foram encaminhados para o Departamento de Polícia Especializada.

O objetivo é investigar possíveis práticas de concussão (extorsão praticada por funcionários públicos). A suspeita é que gestores da Secretaria de Transportes tenham exigido pagamento de propina para que a Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo do Gama/DF ; COOPATAG ; pudesse operar o Sistema de Transporte Coletivo do DF, com 50 micro-ônibus, apesar da empresa ter saído vencedora de uma licitação.

Ainda estão pendentes os mandados de prisão para Júlio Luiz Urnau, ex-secretário adjunto de transportes e José Geraldo Oliveira de Melo, ex-assessor especial do governo Arruda. Ambos estão foragidos. Foram cumpridos também 16 mandados de busca e apreensão em diversas áreas do DF, para colher provas dos crimes investigados.

De acordo com a Polícia Civil do DF, as investigações começaram a partir de depoimentos de cooperados da COOPATAG. Ainda de acordo com a nota divulgada pela Polícia Civil, os cooperados acusam o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga, de exigir o pagamento de R$ 600 mil para que a empresa pudesse operar. O contrato com o governo só teria sido assinado após o pagamento de R$ 800 mil.

O ex-secretário de Transportes Alberto Fraga negou todas as acusações. Segundo ele não houve mandado de busca e apreensão em sua residência e nem mandado de prisão expedido contra ele. Fraga disse querer que as acusações sejam investigadas até o fim, para que não reste dúvida de sua inocência. "Eu desafio qualquer pessoa a trazer qualque prova que me envolva em atos de corrupção durante minha gestão na Secretaria de Transportes".

"Isso é uma tentativa do governo de desviar o foco do governador Agnelo Queiroz. Eu não tenho dúvida que seja uma jogada da força da máquina do governo, para tirar o foco do Agnelo. Ele sim está envolvido até o pescoço com atos de corrupção", disse Alberto Fraga, lançando acusações contra o atual governador do DF.

Fraga disse ainda que não irá fugir de nenhuma discussão e que tem a consciência tranquila sobre o caso. Ele colocou o sigilo bancário dele e de toda a família à disposição da Justiça."Eu passei incólume na Operação Caixa de Pandora e não tenho nenhum receio agora. Essas acusações são tão injustificáveis. Tudo foi realizado com essa cooperativa - COOPATAG - por meio de licitação", afirmou.

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