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Morar Mais por Menos traz sugestões para uma casa bonita sem gastar muito

postado em 11/10/2011 07:44
Em pouco mais de duas semanas, Brasília receberá a quinta edição do Morar Mais por Menos, correalizado pelo Correio Braziliense. Este ano, a mostra impressionará pelo tamanho: cerca de 60 arquitetos vão transformar quase 4 mil m2 da Casa do Candango em 35 ambientes, dispostos em três andares. O evento abre as portas para o público em 26 de outubro e segue até 4 de dezembro. Pelo menos 20 mil pessoas são esperadas pela organização.

Os brasilienses terão a oportunidade de ficar ainda mais por dentro das novidades do mercado de arquitetura, paisagismo e decoração. Entre os ambientes preparados, há uma casa completa, com sala de estar, de cinema, cozinha, quarto de casal, do bebê e jardim. Quem quiser ter em casa os produtos expostos poderá fazer reservas durante a visita. Em 2010, a mostra movimentou mais de R$ 3 milhões, valor que deve ser superado este ano.

A ideia do Morar Mais, ;o chique que cabe no bolso;, chegou à capital do país em 2007. A mostra nasceu três anos antes no Rio de Janeiro, aliando conforto e economia. O conceito também se espalhou por cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Salvador, Recife e Natal. O objetivo do evento é possibilitar aos visitantes a decoração de ambientes de maneira caprichada, sem a necessidade de desembolsar quantias estrondosas.

Brasília virou referência desde o primeiro ano. Chamou atenção por conta do público ávido por projetos inteligentes e criativos. ;Além de ser um mercado em franco crescimento, Brasília possui consumidores que já entenderam a importância de investir no trabalho do arquiteto e do designer de interiores;, comenta o organizador da quinta edição do Morar Mais por Menos, Willian Brandão, artista de formação multidisciplinar e fundador da Agência Fato.

A mostra apresentará projetos levando em conta o atual cenário econômico. Em palestras com todos os profissionais envolvidos na elaboração dos ambientes, Brandão deixou clara a necessidade de pensar em clientes em ascensão social e profissional, interessados em arte e design, dispostos a investir, mas que não querem gastar toda a reserva de dinheiro em decoração. ;O cliente de hoje não abre mão de outras despesas. Ele deseja a casa bonita, mas quer também viajar;, diz Brandão.

Para baixar os custos, arquitetos apostaram na sustentabilidade. Transformaram caixas de madeira em painéis e móveis, por exemplo. ;O que iria para o lixo está sendo reutilizado e poderá ser conferido na mostra;, adianta o organizador. Luminárias antigas foram aproveitadas na composição de um painel moderno, dando ao Morar Mais um toque retrô. ;A ideia de reciclagem está bem consolidada na Europa e nos Estados Unidos. Por aqui, ainda persiste essa história de destruir tudo para reconstruir.;

O Morar Mais por Menos serve de vitrine para profissionais da cidade. A arquiteta Tânia Franco, com mais de 20 anos de experiência no mercado, estreará na mostra em Brasília com a responsabilidade de projetar a entrada e a bilheteria do evento. O tema brasilidade será bastante explorado, com cores quentes e a presença de marionetes. ;É uma oportunidade e tanta de a gente mostrar a nossa personalidade;, comenta Tânia.

Restauração
Arquitetos e design de interiores estão restaurando todo o prédio da Casa do Candango, que tem 30 anos de existência. Todas as melhorias serão mantidas e parte da bilheteria arrecadada ao longo dos 40 dias de evento será doada para a entidade.

Consumo
O mercado de decoração em Brasília superou em 2009, em faturamento, o do Rio de Janeiro, perdendo apenas para São Paulo, segundo empresários do segmento. O brasiliense nunca foi tão caprichoso e nunca gastou tanto para enfeitar a casa. Nos últimos três anos, todas as grandes marcas de design se instalaram no Distrito Federal.

Orientação
Confira os cinco pilares do conceito Morar Mais:

; Sustentabilidade: investimento em soluções e materiais alternativos, recicláveis, reaproveitáveis e certificados, além de foco na economia de energia e água

; Inclusão social: valorização de trabalhos artesanais de ONGs e cooperativas

; Brasilidade: prioridade para produtos nacionais na composição dos ambientes

; Tecnologia e inovação: uso de trabalhos inéditos e tecnologia de ponta nos projetos

; Conceito de vendas: interação entre visitantes, profissionais e as marcas envolvidas na mostra

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