Os fazendeiros do Distrito Federal que criam bovinos devem vacinar os animais contra a febre aftosa a partir de novembro. Somente os animais com idade inferior a dois anos devem ser imunizados. Esta é a segunda etapa da campanha que começou em maio. De acordo com a Secretaria de Agricultura do DF, o último caso da doença registrado na região foi em 1993. Já no Brasil, o registro mais recente é de 2005. A estimativa da pasta é que mais de 45 mil animais sejam vacinados.
De acordo com a médica veterinária do Núcleo de Coordenação de Febre Aftosa da secretaria, Marisa Araújo, os animais com a doença não oferecem risco à saúde pública. "Exames clínicos constatam aftas na boca dos animais e na língua. Eles passam a salivar muito e mancam. Por terem dificuldade de comer, emagrecem progressivamente. A população não corre riscos", afirma a médica.
A Secretaria de Agricultura informou que na primeira etapa, realizada em maio, todos os animais precisaram ser imunizados.
Só poderão receber a vacina os bovinos que tomaram a primeira dose corretamente. De acordo com a secretaria, estudos científicos mostram que a partir dos dois anos de idade, os animais que já tomaram três doses adquirem imunidade por um tempo maior.
Os índices de vacinação são superiores a 94% entre as 2.480 propriedades rurais com animais registradas no Distrito Federal, que são acompanhadas pelo serviço de Defesa Agropecuária. Para tirar dúvidas, o produtor rural pode ligar no telefone da Defesa Agropecuária, que é o (61) 3340-3862.
Produtores
De acordo com a Secretaria de Agricultural, os produtores rurais recebem em casa uma carta avisando-os sobre a vacinação. Eles devem preencher um formulário com as informações sobre os animais criados. A imunização é por conta do criador. De acordo com Marisa Araújo, tanto o custeio quanto a responsabilidade pela ação é dos produtores. Porém existem casos em que a imunização é acompanhada por fiscais. "Isso acontece quando as fazendas apresentam riscos de contaminação para os animais, como aquelas que ficam próximas a abatedouros e estradas", completa a veterinária.