Seguranças de uma construtora reagiram com armas de choques e cassetetes a uma manifestação em um canteiro de obra no Noroeste. O protesto é realizado por ambientalistas e estudantes que defendem a manutenção de uma reserva indígena no setor. A Polícia Militar estava presente no momento da agressão, mas alegou que não poderia agir por se tratar de área privada.
Os manifestantes alegam que a construtora Brasal desrespeitou a decisão da juíza Clara da Mota dos Santos, da 11; Vara da Justiça Federal do DF. No dia 14 de outubro, a magistrada proibiu obras na área reivindicada pelos índios até o dia 27 de outubro, quando será feita uma audiência pública com a presença da Fundação Nacional do Índio (Funai) e demais órgãos envolvidos, para decidir a situação da área de 50 hectares que está em litígio. Na ocasião, ela pediu também que os manifestantes interrompessem os protestos.
De acordo com o diretor da Brasal Incorporações, Dilton Junqueira, as obras estão paralisadas desde a última sexta-feira (14-10), mesmo sem terem recebido notificação da Justiça. "Não fomos informados hora nenhuma. Os manifestantes estão falando de 50 hectares, mas para onde?", questionou.
[SAIBAMAIS]Os manifestantes garantem que as atividades continuaram e em represália resolveram derrubar a cerca do canteiro de obras da construtora João Fortes, onde quebraram as tendas e retiraram uma caixa d;água. Em seguida, o grupo fez uma fogueira com o material.
Alguns manifestantes decidiram deixar o local, mas os outros permanecem acampados, inclusive na área do santuário. De acordo com eles, a intenção é mobilizar mais pessoas no sábado (22/10).