Os moradores do Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia, passaram por momentos de medo durante a madrugada desta terça-feira (18/10). Após duas horas de forte chuva na região, pelo menos duas casas foram destruídas. O asfalto da Avenida casa Branca cedeu em dois pontos.
Uma das casas destruídas fica no fim da rua, formando um beco. Com a força da enxurrada, duas das paredes e o telhado foram ao chão. Havia nove pessoas dentro do imóvel, sete delas crianças. Segundo o autoônomo Luis Pinto dos Santos, 40 anos, a pressão da água derrubou o muro e invadiu a cozinha. "Abri a porta para que a água passasse, mas a porta fechou. Com a força da água, ela quebrou. Em pouco tempo parte da cozinha cedeu", contou o morador.
A outra residência desabou completamente. A família, composta por cinco pessoas, saiu ilesa. O mecânico Neusivan de Souza Teixeira, 42, relatou os momentos de pânico. Com a casa em construção, o mecânico, a mulher e os filhos passaram a morar em um barraco logo ao lado, dentro do terreno. Quando a chuva começou, Neusivan decidiu checar a obra. "A água chegou no joelho. Tentei furar o muro para escoar a água, mas não adiantou", contou.
Na Avenida Casa Branca, o asfalto cedeu em dois pontos. Durante esta manhã, tratores da Administração de Ceilândia e da Novacap estiveram no local para recapear a via.
De acordo com Ronaldo Vinhal, gerente regional de Condôminos da Administração Regional de Ceilândia, os problemas foram causados pelo excesso de chuva e crescimento desordenado da região. "O setor está em processo de regularização e ainda não tem rede de drenagem pluvial, mas o projeto está em fase de licitação", afirmou.
Nesta terça a Defesa Civil avalia se quatro imóveis do Sol Nascente correm risco de desabamento. O governador em exercício, Tadeu Filippelli, disse nesta segunda-feira (17) que a CEB, Caesb , Detran e Novacap vão trabalhar de segunda a sábado, com plantões nos domingos, para atender as emergências relacionadas com as chuvas.