Os policiais civis do Estado de Goiás que atuam na região do Entorno do Distrito Federal decidiram em assembleia que entrarão em greve a partir da próxima sexta-feira (21/10) por tempo indeterminado. O encontro aconteceu na terça-feira (18/10) na cidade de Valparaíso. Entre as exigências da categoria, estão a alteração na gratificação por localidade, que hoje é de R$ 276. O os policiais reivindicam que ela passe para R$ 800. Além disso, eles pedem a convocação de cerca de 350 pessoas aprovadas em concurso público para a Polícia Civil de Goiás (PCGO), realizado em 2008.
Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Gildásio Rodrigues, a categoria resolveu entrar em greve pois o Governo de Goiás fez promessas e não as cumpriu. "Foi negociado entre as partes que em setembro a gratificação por localidade passaria de R$ 276 para R$ 550 e só em janeiro iria para R$ 800. No entanto, como a primeira parte não foi cumprida, só retornaremos aos trabalhos com a implantação dos R$ 800", disse.
De acordo com o Sinpol-GO, somente os flagrantes, casos de emergência e crimes graves serão atendidos, como, por exemplo, homicídios e estupros. O sindicato informou ainda que a categoria irá manter 30% do efetivo trabalhando normalmente. "Queremos fazer uma greve legal. Por isso a aderência não passará de 70%", diz o diretor Rodrigues.
A princípio, a greve não se estende aos policiais das demais localidades do Estado de Goiás. A paralisação atinge apenas as cidades do Entorno do DF.
Por meio da assessoria de imprensa, o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado de Mendonça Neto, informou que a SSP-GO vai pedir à Justiça que considere ilegal a greve e afirmou que vai cortar o ponto dos policiais que aderirem à paralisação.
Novo encontro
A categoria marcou para sexta-feira um encontro em frente ao Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia, pois os funcionários do IML da região também devem aderir à greve, segundo o Sinpol-GO.