postado em 24/10/2011 21:08
Em posse das imagens registradas pelo circuito interno da casa de shows em Taguatinga, a polícia tenta identificar os envolvidos na agressão a três rapazes na madrugada de domingo (23/10). Entre as vítimas está o estudante Bruno Souto Vaz, 28 anos, que continua internado no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Segundo o delegado-chefe da 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), José Carlos Medeiros de Brito, quando identificados, os envolvidos ;serão indiciados na medida de sua culpabilidade;.De acordo com relato de testemunhas, os agressores continuaram chutando Bruno mesmo após ele ter caído. Inconsciente, ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Os médicos diagnosticaram traumatismo craniano e hemorragia. O rapaz foi levado para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e em seguida transferido para o Hospital de Base.
Bruno passou por duas cirurgias: uma para retirar um coágulo no cérebro e outra para reparar o afundamento no crânio. Até ontem, Bruno estava em coma induzido. Segundo os familiares do rapaz, ele deve ser transferido para um quarto no HBDF e possivelmente não será necessário remoção para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Um dos amigos de Bruno também passou por intervenção cirúrgica para conter um ferimento interno na cabeça. Segundo parentes, além da fratura no rosto, os socos no rosto comprometeram o canal de um dos nervos do olho direito. O outro rapaz sofreu lesões leves, foi encaminhado ao HRT, mas liberado em seguida, após fazer exames.
Pancadaria generalizada
Havia dois militares entre os supostos agressores. Conforme o boletim de ocorrência registrado na 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), participaram da briga Randan Gonçalves de Souza e Gustavo Santos Garcia, ambos da Aeronáutica, além do corretor de imóveis Tiago Henrique Ribeiro de Souza e do estagiário Atahander Julio Fernandes Souza. Dos quatro, apenas Randan e Atahander prestaram depoimentos. Eles afirmaram ter sido vítimas e que a briga teria começado porque Bruno estaria com ciúme de uma mulher. A delegada Nancy Alencar afirmou ser preciso ouvir o restante dos envolvidos para apontar culpados.
Os parentes da vítima contestam a versão do militar. Uma prima de Bruno, que preferiu não revelar o nome, disse que o jovem e os amigos estavam indo embora do local, quando os agressores o atacaram com socos e pontapés. Ela contou ainda que o primo não estava acompanhado por nenhuma garota. ;Ele (Bruno) já estava caído e, mesmo assim, continuou apanhando. Como ele saiu tão machucado desse jeito? Só pode ter sido gente mais experiente (em bater);, desabafou o pai da vítima, Francisco Vaz, 55 anos.
Com informações de Thalita Lins, Aline Bravim e Lucas Tolentino.