postado em 26/10/2011 07:34
Duas confusões em casas de shows de Brasília motivadas por ciúme deixaram três pessoas feridas na madrugada de ontem. Os desentendimentos ocorreram em um estabelecimento do Setor Bancário Sul e outro no Núcleo Bandeirante. No primeiro, um homem de 29 anos foi preso pela Polícia Militar ao agredir um rapaz de 24 dentro do bar Calaf. A vítima teria elogiado a namorada do agressor, sem saber que ela estava acompanhada. Ao ouvir a cantada, o companheiro da moça jogou um copo de vidro no rosto da vítima.Segundo o proprietário do estabelecimento, seguranças separaram a dupla e acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O caso foi levado para a 5; Delegacia de Polícia (Área Central), mas os agentes não registraram Boletim de Ocorrência sob a alegação de estarem em paralisação. A reportagem do Correio foi informada por um agente da DP que o caso foi diferente. De acordo com o policial, o homem agredido teria ido ao banheiro e, sob efeito de bebida alcoólica, caiu e bateu o rosto no vaso sanitário, quando se cortou.
No Núcleo Bandeirante, um cabo do 25; Batalhão da PM foi preso após se desentender com outro policial militar e atirar dentro da Roda do Chopp. Duas pessoas que não tinham nada a ver com a confusão acabaram feridas ; uma com um tiro no pé e a outra, na perna.
O policial, identificado apenas como R.P.F., 41 anos, foi preso por um major que estava no local. Conforme a assessoria de comunicação da PM, o cabo responde a inquérito por tentativa de homicídio instaurado pela corregedoria da corporação. R.P.F. está detido no 19; BPM (Papudinha), em São Sebastião, onde deve permanecer até o julgamento. A prisão é destinada a policiais ou pessoas com nível superior que cometem crimes.
O caso também foi registrado na 11; DP (Núcleo Bandeirante), mas, até o fechamento desta edição, nenhuma testemunha havia prestado depoimento. Se comprovado o crime, o policial pode responder por lesão corporal ou tentativa de homicídio. Para a delegada-chefe da unidade, Selma Carmona, a conduta do cabo não foi compatível com a função que ele exerce de garantir a ordem pública. ;Vamos apurar a situação com toda a isenção, mas, na minha opinião, o que aconteceu foi um dolo eventual. Como uma pessoa dispara uma arma em um local cheio? É de uma irresponsabilidade tamanha;, destacou a delegada. Devido à paralisação da PCDF, também não foi feita perícia no estabelecimento, mas policiais estiveram no local e encontraram uma cápsula deflagrada.