Cidades

Greve dos policiais civis do Entorno segue sem data para terminar

postado em 08/11/2011 10:05
Os policiais civis do Estado de Goiás que atuam na região do Entorno do Distrito Federal permanecem em greve por tempo indeterminado desde 21 de outubro. Nesta terça-feira (8/11), 30% do efetivo trabalha nas delegacias da região. O Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO) informou que 100% da categoria aderiu ao movimento. Desde o início, a greve não atinge os civis que trabalham nas demais regiões do Estado.

O presidente do sindicato, Silveira Alves, disse que o governo de Goiás e a Secretaria de Segurança Pública do Estado não deram respostas às reivindicações.

A categoria reivindica reajuste na gratificação por localidade, que hoje é de R$ 276, para R$ 800. "O governo prometeu aumentar de R$ 276 para R$ 552 em setembro e de R$ 552 para R$ 800 em janeiro de 2012. No entanto, não cumpriu o acordo e agora só aceitaremos voltar ao trabalho quando a quantia exigida for entregue aos policiais", disse o presidente do Sinpol-GO. Eles exigem ainda a realização de um novo concurso públicos para três mil vagas, mudanças no processo de promoção automática, aumento no piso em 65% (passaria a ser de R$ 9.600 mil) ou reajuste para R$ 6 mil de forma inicial.

O Sinpol-GO ainda prepara novas manifestações. "Na quarta-feira [9/11], não vai ter visitas nem banho de sol no presídio de Valparaíso-GO. Já na quinta-feira [10/11], não haverá visitas em todas as unidades do Entorno. Por fim, na sexta-feira [11/11], faremos uma panfletagem na BR-040 [que liga Brasília-DF ao Rio de Janeiro-RJ e passa por Belo Horizonte-MG] na altura da cidade de Valparaíso a partir das 7h", afirmou o presidente do sindicato.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou na segunda-feira (7/11) que considera a greve ilegal, pois afirma que a situação do presidente do Sinpol-GO, Silveira Alves, é ilegítima, por ele não possuir registro no Ministério do Trabalho. Além disso, a pasta informou que o secretário, João Furtado de Mendonça Neto, determinou que bloqueios não sejam feitos nas entradas das delegacias, para não prejudicar os serviços públicos.

Por telefone, Silveira Alves rebateu a informação passada pela secretaria e disse que possui o registro no ministério.

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