Os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal votaram pelo indicativo de greve durante assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, em frente ao Palácio do Buriti.Um novo encontro está marcado para 8 de março de 2012, onde eles irão decidir se paralisam ou não as atividades.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Rodrigo Rodrigues, a categoria iniciou uma mobilização que serve como contagem regressiva para dar início à greve geral. "O governo vai ter de se movimentar para não haver a paralisação total dos professores. Caso contrário, as atividades escolares serão suspensas por tempo indeterminado", afirmou Rodrigues.
O sindicato informou que a categoria exige a reestruturação do Plano de Carreira. "O ponto principal é a mudança na tabela salarial dos professores. Queremos a isonomia com outras carreiras, como a de médicos, por exemplo. O dinheiro é pago pelo Fundo Constitucional do DF à Saúde, Educação e Segurança. No entanto, nosso salário é menor", afirmou Rodrigues. Ele contou que com o reajuste os professores passariam a receber cerca de R$ 7.800, enquanto o salário atual é pago em R$ 4.128.
Rodrigues disse que foi feito um acordo entre a categoria e o Governo do Distrito Federal (GDF) em abril. "No entanto, não foi cumprido. Em 26 de outubro, o GDF apresentou projetos, mas as propostas não atendem às nossas reivindicações e a parte financeira mal repõe a inflação. Ou seja, saímos perdendo", afirmou. "Nossas reivindicações começariam a valer em 2012. Portanto, o GDF não tem como alegar que falta orçamento este ano. São datas diferentes", completou.
O Sinpro-DF informou que cerca de 26 mil professores trabalham na rede pública de educação.
A Secretaria de Administração Pública do DF informou que precisa receber o balanço final de gastos do último trimestre deste ano. Por meio da assessoria de imprensa, a pasta explicou que é preciso avaliar os acordos já firmados em 2011 - a serem cumpridos em 2012 -, para saber quais ainda podem ser feitos para o próximo ano.