postado em 17/11/2011 17:15
O Sindicato dos Médicos do DF (Sindimédico-DF) aprovou, na quarta-feira (16/11), a interdição ética da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia. A Secretaria de Saúde terá 30 dias para corrigir as irregularidades apontadas pelos médicos sob risco de os profissionais serem proibidos - pelo Conselho Regional de Medicina - de continuarem as atividades no local.De acordo com o presidente do Sindimédico-DF, Gutemberg Fialho, os principais problemas da UPA são a falta de médicos e de estrutura para encaminhar pacientes graves a outras unidades. Ele explica que as UPAs não devem ficar com um paciente por mais de 24h e os graves devem ser encaminhados a hospitais, que possuem maior estrutura.
Fialho explica ainda que a UPA de Samambaia foi inaugurada com 14 médicos e hoje possui apenas nove. "Quando chega o fim do plantão não há médicos para substituição e o profissional não pode ir embora. Já tivemos um episódio em que uma pediatra teve que trabalhar por quase 48h", conta. Entretanto, de acordo com a Secretaria de Saúde, a UPA possui 12 médicos, oito deles com escala de 20h e quatro trabalhando 40h semanais. Dois deles, pediatras, estão parados por licença médica. Segundo a assessoria do órgão, a unidade possui seis ortopedistas, 19 enfermeiros e 91 técnicos de enfermagem.
A UPA de Samambaia é a primeira do DF. De acordo com Fialho, a Secretaria de Saúde se comprometeu, em reunião na noite de quarta-feira (16/11), a não inaugurar outra unidade antes que as necessidades de Samambaia sejam atendidas.
A Secretaria de Saúde divulgou uma nota afirmando que atenderá as reivindicações da categoria e irá priorizar o remanejamento de profissionais para a UPA sem que seja necessário uma paralisação por parte dos médicos.