A audiência do caso Villela recomeçou por volta das 14h30 desta sexta-feira (18/11), no Tribunal do Júri de Brasília, com o depimento do catador de material reciclável Ronei Alves da Silva e do ex-porteiro do bloco C da 113 Sul Gerson Belarmino. Na parte da manhã, quatro pessoas foram ouvidas: Graziela Ayres Ferreira Dias, amiga de Adriana Villela, Marcos Barberino Mendes, primo da arquiteta, Thomas Henrique Gomma de Azevedo, que trabalhou no escritório do casal assassinado, e Priscila Fernandes Ferreira, amiga de Adriana.
O catador Ronei Alves contou que conheceu Adriana Villela em 2006 e acredita em sua inocência. "Se eu tivesse alguma dúvida que ela estaria envolvida nesse crime, eu nem estaria aqui", afirmou. Segundo ele, a Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) solicitou a coleta de sua impressão da palmar. Perguntado pelo advogado Frederico Donati, que defente Leonardo Campos, se a delegada informou que ele poderia não fornecer a palmar, o catador afirmou que sim. "Falaram: o senhor está sendo convidado para tirar a palmar, Caso não queira, será intimado", contou Ronei.
[SAIBAMAIS]Após o depoimento de Ronei, foi a vez de Gerson Belarmino, ex-porteiro do bloco C da 113 Sul. Ele disse que trabalhou no prédio desde 13 de abril de 1991. Gerson contou que sofreu um "arroxo" na Corvida. "Os investigadores ficaram insistindo, perguntando se eu tinha visto algo suspeito no apartamento dos Villelas no dia do crime", disse. Segundo ele, Leonardo não foi visto no dia do triplo homicídio e que nunca viu Paulo Santana, outro acusado de cometer o crime.
Quinta audiência
Durante a manhã desta sexta-feira (18/11), foram ouvidas quatro pessoas. A primeira a ser ouvida foi Graziela Ayres Ferreira Dias amiga de Adriana Villela. Em seguida foi a vez de Marcos Barberino Mendes, primo da arquiteta, que responde como suposta mandante do triplo homicídio. Em um depoimento rápido, ele contou que nunca soube de brigas entre a prima e os tios, José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela.
Depois, foi a vez de Thomas Henrique Gomma de Azevedo, que trabalhou no escritório do casal durante dez anos, entre 1996 e 2006. Ele também disse que nunca viu brigas entre Adriana e os pais. A última a falar na parte da manhã foi uma amiga de Adriana, Priscila Fernandes Ferreira. Priscila admitiu saber dos problemas da ré com os pais, porém esclareceu que não era nada grave.
Crime
O ex-ministro José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela e a empregada Francisca Nascimento da Silva foram assassinados a facadas em 28 de agosto de 2009 dentro do apartamento em que moravam, no bloco C da 113 Sul. Somente o casal levou 73 golpes. Os corpos foram encontrados três dias após o crime, em 31 de agosto. Adriana Villela, filha do casal, é suspeita de ser mandante do crime.