Cidades

Ministério da Justiça lança campanha de desarmamento no Entorno do DF

postado em 22/11/2011 11:40
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lança a Campanha do Desarmamento em Luziânia (GO), a cerca de 30 minutos de Brasília. A cidade, junto com Águas Lindas, Valparaíso, Cidade Ocidental e Novo Gama, acumula grande quantidade de crimes.

Dados do Governo de Goiás indicam que o número de homicídios passou de 448, em 2010, para 540 em 2011. Em termos proporcionais, os latrocínios (roubo seguido de morte) aumentaram 137%, as tentativas de homicídio subiram 131% e os estupros, 105%.

A situação de violência na região será debatida nesta terça-feira (22/11) por Cardozo e pelos governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF). Antes da discussão, demógrafos da Universidade de Brasília apresentarão dados sobre o Entorno do DF.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Goiás, a região conta com cerca de 1,6 mil policias militares; 440 policiais civis e mais 60 homens da Força Nacional de Segurança. Os policiais civis do Entorno estão em greve há 31 dias reivindicando aumento da gratificação de localidade dos atuais R$ 276 para R$ 800; além de concurso público. O piso do agente da policia civil em Goiás é R$ 2.711. No DF, os policiais civis também estão em greve. Parados há 27 dias, eles reivindicam aumento de 13%. O piso inicial de um agente da PCDF, referente a fevereiro de 2009, é R$ 7.514 e pode chegar a R$ 11.879.

Conforme o presidente do sindicato, em Goiás, Silveira Alves, por causa da falta de pessoal, cerca de 10 mil inquéritos estão parados (metade de homicídios). Ele avalia que a campanha de desarmamento não será efetiva enquanto os policiais estiverem de braços cruzados. ;Se o policial estiver em greve, como é que vão fazer;, indaga.

Bolsa desarmamento
No evento na cidade de Luziânia, o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, João Furtado Neto, disse que vai propor um Projeto de Lei (PL) que institui a bolsa desarmamento. O auxílio seria dado aos policiais que conseguissem recolher as armas na região. O valor pago deveria ser de R$ 100 por arma recolhida.

Com informações de Mara Puljiz

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