Os servidores da Companhia Energética de Brasília (CEB), que estavam em greve desde o dia 3 deste mês, decidiram encerrar a paralisação. A assembleia aconteceu durante a manhã desta quarta-feira (23/11) em frente à sede da companhia. De acordo com o Sindicato dos Urbanitários no DF (Stiu), que representa os funcionários, os trabalhos serão retomados imediatamente.
De acordo com o diretor do Stiu, Jeová Pereira de Oliveira, a intenção do sindicato não era fazer a greve durar 20 dias. "Tinhamos a expectativa de parar as atividades por três ou cinco dias. Houve resistência por parte dos servidores e o período acabou aumentando mais que o previsto", disse.
[SAIBAMAIS]Oliveira afirmou ainda que a avaliação geral da greve é de que foi um movimento positivo. "Não houve vencidos e vencedores. Fizemos a nossa luta e reconhecemos as dificuldades da empresa. Mais importante ainda, não houve desgaste entre os trabalhores e a CEB", afirmou. As propostas apresentadas à categoria foram aceitas, após terem sido rejeitadas por duas vezes.
A Justiça determinou que os grevistas estavam proibidos de dificultar o acesso de empregados que não aderissem ao movimento à sede da empresa. Caso a determinação não fosse cumprida, o sindicato da categoria poderia pagar multa de até R$ 20 mil ao dia.
Em nota, a CEB informou que as propostas que foram aceitas incluem o reajuste salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCS) referente ao período de 1; de novembro de 2010 a 31 de outubro deste ano. Além disso, haverá pagamento a título de abono especial temporário. O valor será de R$ 4 mil, com R$ 2 mil a serem pagos na quarta-feira (30/11) e R$ 2 mil em maio do ano que vem (vales alimentação e refeição).
A CEB informou ainda que haverá a implantação de uma nova política de credenciamento de concessão do Adicional de Condutor Autorizado, para todos os empregados aprovados em uma avaliação, a partir de 1; de março de 2012. Será implantado também o Sistema de Avaliação de Desempenho a partir de 1; de janeiro do ano que vem, com verba de 1% da folha de pagamento mensal. Por fim, o salário de efetivação será incorporado.