Os policiais civis de Goiás que atuam na região do Entorno do Distrito Federal, em greve há 34 dias, realizam uma assembleia geral nesta sexta-feira (25/11) em frente à 1; delegacia de Valparaíso. A direção do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO) marcou o encontro às 14h. Cerca de 440 policiais aderiram à greve, mas 30% do efetivo trabalha normalmente, segundo o Sinpol-GO.
De acordo com o presidente do sindicato, Silveira Alves, o governo de Goiás apresentou algumas propostas, que não foram aceitas. "Reivindicamos um reajuste na gratificação por localidade. Atualmente, ela é R$ 276 e exigimos que passe para R$ 800. O governo prometeu passá-la para R$ 552 no ano que vem e os R$ 300 restantes seriam pagos apenas aos policiais aprovados em avaliações de desempenho. Não vamos concordar com isso", completou.
Além do reajuste na gratificação, a categoria reivindica reposição salarial de 42% (reajuste inflacionário acumulado nos últimos sete anos) e a realização de concursos públicos. A categoria exige ainda um sistema de promoção automática de acordo com o tempo de carreira e não com outros critérios, como a disponibilidade de vagas ou por merecimento.
Alves disse que não há chances de a greve acabar hoje. "Vamos discutir a ilegalidade do movimento e deliberar pela continuidade. Com certeza vamos definir o que será feito na próxima semana", disse.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que está cortando o ponto dos grevistas desde o dia 18 deste mês. "Nossa categoria não foi notificada sobre a ilegalidade da greve na região do Entorno e seguimos parados", garantiu o presidente do Sinpol-GO.