O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre de Moraes, determinou o fim da greve dos agentes durante reunião na manhã desta sexta-feira (25/11). O prazo para que a categoria retorne às atividades é até as 16h de hoje. Os policiais estão parados há 36 dias.
A direção determinou que todos os cartazes com dizeres de greve sejam retirados e que, a partir desta tarde, todos os registros de ocorrências sejam realizados normalmente. Os delegados responsáveis pelas unidades do DF serão notificados para que os agentes sejam fiscalizados. Os servidores que descumprirem a determinação responderão à Justiça pelo crime de prevaricação, com pena de detenção variando de três meses a um ano. Além disso, terão de responder administrativamente.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Luciano Marinho, disse que a categoria não pode aceitar a imposição. "Isso é um absurdo. É uma atitude antidemocrática. Somente a categoria reunida pode determinar o começo e o fim de uma greve. Só vamos acabar com a paralisação quando fizermos uma assembleia e definir assim. Esta é uma ação contra os direitos do trabalhador", contou Marinho.
[SAIBAMAIS]Ilegal
A greve dos policiais civis foi considerada ilegal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (21/11). O presidente do STF, Cezar Peluso, suspendeu, em parte, a liminar que autorizava a paralisação dos policiais. A ação pedindo a ilegalidade da greve foi solicitada pelo Ministério Público local depois que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios proferiu uma liminar permitindo que a categoria cruzasse os braços.
Reivindicações
A categoria reivindica a reestruturação do plano de carreira, reajuste salarial de 13%, aumento no efetivo de policiais e plano de saúde subsidiado.