Cidades

Audiência de instrução do assassinato da estudante Suênia Farias é adiado

postado em 25/11/2011 15:00

A primeira audiência de instrução do caso do assassinato da estudante Suênia Farias de Sousa, 24 anos, marcada para às 14h desta sexta-feira (25/11), foi adiada. Os advogados de defesa do ex-professor de direito Rendrik Vieira Rodrigues, que confessou ter atirado na jovem, haviam entrado ontem com um pedido de liminar em habeas corpus para suspender a audiência. O pedido, negado ainda ontem pelo desembargador Romão Oliveira, foi deferido no início desta tarde. Ainda não há data para a nova sessão.

De acordo com o promotor Bernardo de Urbano Rezende, a audiência deve ocorrer antes de o ano acabar. Após o dia 30 de dezembro, Rendrick pode ser solto por excesso de prazo na prisão preventiva. "Vai dar tempo", garantiu o promotor.

O advogado Ticiano Figueiredo, que defende o réu, afirmou que a intenção da defesa não é estender o prazo, mas buscar um "processo legal". "Não tivemos a oportunidade de produzir nossa prova. Queremos acesso a diligências solicitadas pelo Ministério Público, como a quebra de sigilo, entre outros documentos.

Protesto

Manifestantes se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal de Territórios (TJDFT) antes da audiência. Organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a manifestação, com pedidos de "justiça", contou com de familiares de Suênia e membros do Pró-vitima.

Crime

No dia do assassinato, o professor esperou Suênia no estacionamento da universidade dela, na 707/907 Norte, e, por volta das 15h30, pediu para conversarem. Os dois, então, entraram no carro do marido dela. Eles rodaram por vários pontos da cidade, até que estacionaram o veículo em frente ao Jóquei Clube. Rendrik ordenou que a jovem ligasse para o companheiro, com o viva-voz ligado. Suênia teria dito que reataria com o relacionamento, mas o acusado desconfiou que a moça mentia. ;Vou voltar para ele (o marido) mesmo. Você não me merece;, teria dito a moça, pouco antes de ser morta.

Depois de assassinar a estudante, Rendrik dirigiu com o corpo dela no carro por mais de uma hora. Ainda ligou para amigos advogados, inclusive para um colega delegado da 27; DP, para onde levou o cadáver. O professor acabou preso. Em relatório enviado à Justiça, o delegado da unidade policial Ulysses de Oliveira destacou a gravidade do crime. ;O autuado é advogado, professor universitário conceituado e, utilizando de todo o seu conhecimento na área jurídica, após muito raciocinar e de diversas consultas a advogados, tentou se livrar das garras da lei simulando uma apresentação espontânea;, sustentou a autoridade policial.

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