Cidades

Contrato emergencial para tratamento do lixo do Aterro do Jóquei é renovado

postado em 06/12/2011 08:21
Sem ter concluído ainda o processo de licitação para o tratamento do lixo do Aterro do Jóquei, o governo renovou, na semana passada, o contrato emergencial a fim de garantir a operação. Esse sempre foi um mercado disputadíssimo no Distrito Federal, mas, curiosamente, o negócio em questão não despertou interesse nas empresas ligadas ao setor.

Oito delas receberam o convite para apresentar propostas: Quebec Construções e Tecnologia Ambiental S.A., Valor Ambiental, Artec Ltda., Trier, Green Ambiental, Planalto, Delta Construções e Stericycle. Apenas duas firmas compareceram ao Venâncio 2000 na última quinta-feira: a Quebec e a Valor.

Logo após a abertura do envelope da Quebec, no entanto, os representantes da outra empresa anunciaram a desistência da disputa, o que evitou a divulgação do valor da segunda proposta.

Portanto, com a oferta de tratar cada tonelada de lixo a R$ 16,90, a firma vencedora ficou sem oponente. Como o preço sugerido no edital de convocação do Serviço de Limpeza Urbano (SLU) era 22% (R$ 21,7) maior que o apresentado pelo grupo selecionado, representantes da empresa especulam que o alto preço da tarifa tenha espantado os adversários.

Mais seis meses

Assim, a Quebec, que durante anos tentou entrar no mercado de Brasília, arrematou em 2011 o segundo contrato emergencial ; R$ 6,89 milhões em seis meses ; sem tomar conhecimento de concorrência. A empresa mantém uma usina de incineração na Cidade Ocidental, em Goiás, e também presta serviços para hospitais particulares do DF.

Em 11 anos, a coleta de lixo rendeu R$ 2 bilhões às firmas especializadas nesse serviço. Dessa quantia, R$ 500 milhões foram pagos em contratos sem licitação, recurso bastante utilizado a partir de 2006.

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