O valor dos itens essenciais na alimentação do brasiliense subiu no mês de novembro, em relação à outubro. A elevação foi de 2,48%, com a cesta básica custando R$ 249,13. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica em 17 capitais do país. Brasília está em nono lugar do ranking liderado por Vitória, que teve elevação de 4,73%.
Segundo o Dieese, os brasilienses terão também que trabalhar mais para colocar os itens essenciais na mesa: 100h34; em comparação às 98h08; de outubro, ou seja, terão que ficar 2h26; além do normal em suas ocupações por dia.
Tomate, carne e batata são, respectivamente, os maiores culpados pelo encarecimento da cesta básica de Brasília em relação à outubro. O tomate aumentou R$ 2,43, a carne ficou R$ 1,26 mais cara e a batata teve aumento de R$ 1,02.
O tomate e a carne bovina também ficaram mais caros em outras 14 capitais. No caso da carne, o Dieese prevê a possibilidade de uma baixa, porque tem ocorrido redução das exportações em decorrência da crise econômica na Europa. Além disso, o regime mais regular de chuva favorece o ganho de peso do gado.
Em contrapartida, o feijão foi o produto que apresentou maior queda no preço. Em relação à outubro, o valor pago em 4,5 kg de feijão foi R$ 0,77 maior. A banana e o açúcar também apresentaram queda de R$ 0,30 e R$ 0,03, respectivamente.
Aumento anual
Na mesma época do ano passado, a cesta básica custava ao brasiliense R$ 236,73, o que equivale à uma variação anual de 5,24%. De acordo com o Dieese, no entanto, apesar do aumento no valor dos itens essenciais, os moradores da capital federal têm que trabalhar menos do que no ano passado para conseguir adquirir a cesta básica: o valor em novembro de 2010 foi de 102h07;.
Dados nacionais
O valor dos itens básicos subiu em 15 das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. A maior elevação ocorreu em Vitória (4,73%), seguida de Fortaleza (3,91%) e do Rio de Janeiro (3,86%). Já em Aracaju, a cesta ficou 0,49% mais barata do que em outubro e passou a custar R$ 181,79, o menor valor do país. Em Salvador, o preço foi R$ 205,11, indicando estabilidade.
A capital gaúcha, Porto Alegre, continua sendo a localidade com a cesta mais cara do país (R$ 279,64), com alta de 0,83%. Em São Paulo, onde foi constatado o segundo maior valor (R$ 276,31), ocorreu reajuste de 3,5%. Em terceiro lugar, aparece Florianópolis, com um aumento de 2,9% e valor de R$ 268,57.
Pelos cálculos do Dieese, para suprir as necessidades básicas, em novembro, o trabalhador deveria ter tido um salário mínimo de R$ 2.349,26 ou mais de quatro vezes o valor em vigor, que é R$ 545. Em outubro, o valor foi estimado em R$ 2.329,94.
Com informações da Agência Brasil.