Cidades

Em greve há três dias, metroviários fazem manifestação em Águas Claras

postado em 14/12/2011 11:00
Os metroviários do Distrito Federal, que completam três dias de greve nesta quarta-feira (14/12), fazem uma manifestação em frente à sede da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), localizada em Águas Claras, região administrativa a cerca de 19 km do Plano Piloto. A direção do sindicato que representa a categoria, o Sindmetrô, informou que eles chegaram por volta das 8h30 e devem permanecer até o meio-dia. Pela tarde, os manifestantes devem seguir para a praça em frente ao Palácio do Buriti, sede do poder Executivo do DF, para protestar.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF afirmou que o Governo do Distrito Federal (GDF) não sinalizou nenhuma alternativa de negociação.

A paralisação trouxe muitos transtorno para os trabalhadores nesta semana. As filas de espera nas estações do metrô atrasaram em pelo menos meia hora a ida para o trabalho e o retorno para casa. Os congestionamentos de carros nas principais vias da capital federal também apresentaram uma demora além do normal.

Enquanto durar a greve, o Metrô-DF informou que nove trens circulam durante o horário de pico (de 6h às 8h30 e de 16h30 às 20h) e quatro fora dos períodos de maior movimentação. Com a paralisação dos servidores, os vagões circulavam, tanto na segunda (12) quanto na terça (13), praticamente lotados, inclusive fora do horário de pico.

A categoria marcou para as 20h uma assembleia geral dos servidores do Metrô-DF. Em nota, a companhia informou que "aguarda a audiência de conciliação, marcada para a próxima sexta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho, às 10h15. A operação funciona com o número de trens de acordo com o número de pilotos liberados pelo Sindicato da Categoria".

Transtorno

Na segunda-feira, primeiro dia de greve, os metroviários fizeram manifestações e se reuniram em assembleia geral durante a noite. No encontro foi definido que as reivindicações cobradas não foram atendidas pelo GDF.

Na terça-feira, os 160 mil usuários do transporte público tiveram de enfrentar mais um dia de confusão nas estações. Os trens circularam cheios durante todo o dia e os usuários tiveram de se espremer nos vagões que passavam de forma reduzida. Para se ter ideia, o normal é que 24 trens rodem nos horários de pico. Ontem, o morador do Distrito Federal contou com apenas oito nos momentos de maior movimentação.

Reivindicações

Os metroviários reivindicam que a negociação da data-base da categoria não é respeitada e que o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho de 2011 não foi concluído. Eles também reclamam da falta de manutenção das estações, trens e túneis e do preço da tarifa.

De acordo com representantes da categoria, foi feito um acordo com o governo do DF, no qual os metroviários iriam receber os mesmos benefícos que as empresas públicas. Mas, segundo eles, os funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) receberam um abono especial e uma parcela a mais no auxílio-alimentação, enquanto os metroviários não receberam nada.

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