Cidades

Caminhões tumultuam o trânsito na Esplanada dos Ministérios

postado em 14/12/2011 12:01



Cerca de 150 caminhões de entulho tumultuam o já congestionado trânsito no Eixo Monumental e na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (14/12). Os veículos pesados estão estacionados ao longo da faixa da esquerda no sentido Rodoferroviária-Esplanada, o que é uma infração de trânsito. No entanto, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e o Departamento de Trânsito (Detran) ainda não tomaram nenhuma providência para retomar a normalidade da via.

Os veículos pertencem a empresas coletoras de entulhos do Distrito Federal. Elas realizam uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti. Os manifestantes pedem melhores condições de trabalho de coleta dos resíduos da construção civil.

O protesto começou às 7h30, quando os caminhões saíram em uma faixa da Via S1 (a pista do Eixo Monumental no sentido Rodoferroviária-Esplanada dos Ministérios), próximo à Catedral Rainha da Paz. Os caminhões estão parados do Palácio do Buriti ao Congresso Nacional.

Aterro sanitário

Segundo o presidente da Associação das Empresas Coletoras de Entulhos e Similares do Distrito Federal (Ascoles), Paulo Roberto Goncalves, o setor há anos vem trabalhando em condições precárias. "O aterro sanitário da Estrutural não tem um bom acesso para veículos, ainda mais pesados. Isso acaba danificando rápido nossos caminhões. As pessoas que trabalham lá também reclamam das condições de trabalho", explica.

A política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em agosto de 2010, determina o fechamento de todos os lixões do país em no máximo quatro anos. Eles terão que ser substituídos por aterros sanitários. Em Brasília, a maior preocupação é com os resíduos da construção civil, já que é um dos principais setores da economia da capital. "Existe uma demanda histórica do atual e antigo governo para uma unidade de reciclagem a ser implantada e isso não foi feito. Esses resíduos precisam ser separados do lixo doméstico", ressalta o presidente da Ascoles.

De acordo com Paulo, também preocupa a classe, um projeto de lei que tramita na Câmara Legislativa, equanto as disposições que poderão inviabilizar atividades das empresas de coleta de entulhos. Os manifestantes pedem que haja uma legislação que regulamente o setor e também que novos empreendedores possam ingressar. O presidente afirmou que eles deverão continuar até serem atendidos pelo governador do DF, Agnelo Queiroz.

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