postado em 17/12/2011 08:00
Os metroviários decidiram manter a greve, que já dura seis dias. Ontem, ocorreu a primeira audiência de conciliação entre a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal e o sindicato da categoria (SindMetrô), no Tribunal Regional do Trabalho. A proposta do desembargador Ricardo Alencar Machado desagradou os trabalhadores. Ele propôs que as negociações sejam retomadas em 9 de janeiro mediadas pelo TRT. ;Queremos negociar com o governo e com a empresa agora;, disse Anderson Pena de Oliveira, diretor de Comunicação do sindicato. Na próxima segunda-feira, os metroviários voltam a se encontrar para definir os rumos da greve.Os metroviários reivindicam o cumprimento do acordo coletivo e melhorias dos benefícios. A categoria afirma que não tem gratificações e reclama que recebe benefícios menores que os de outras empresas públicas do DF. ;É uma ausência e uma negligência do governo. Os trabalhadores querem discutir com o Executivo;, disse Anderson. ;A greve poderia ter acabado hoje (ontem), mas, diante desse quadro, permanece por tempo indeterminado;, avisou.
A audiência de conciliação, na manhã de ontem, chegou a ser suspensa e foi retomada após a assembleia dos metroviários no início da tarde. Os trabalhadores votaram pela continuidade da paralisação. Diante da decisão dos funcionários do Metrô, o TRT determinou que o número de trens seja aumentado. Os oito carros que rodavam no horário de pico passam para nove e os quatro que rodavam nos períodos de menor movimento passam para seis. De acordo com a assessoria do Metrô-DF, o órgão lamenta que a proposta do TRT tenha sido rejeitada pela categoria. Com a paralisação, segundo a assessoria, cerca de 60 mil pessoas são atendidas, quando o normal é 150 mil passageiros. Ainda de acordo com o órgão, com a negativa dos funcionários, o processo segue agora os trâmites normais e vai a julgamento.