Roberta Machado
postado em 18/12/2011 08:00
Duas pessoas morreram na madrugada de ontem nas vias do Distrito Federal. O primeiro a perder a vida devido a um acidente foi o soldado da Polícia Militar Leandro Correia Matias Alves, 32 anos. Ele foi atropelado quando urinava à beira da Estrada Parque do Vale (EPVL), próximo ao Jóquei Clube. Na mesma noite, uma família se envolveu num acidente de trânsito grave na DF-495, no sentido Gama-Santa Maria. Segundo informações da Polícia Militar, o carro com quatro pessoas bateu numa árvore e pegou fogo, matando uma mulher e ferindo gravemente uma criança de 6 anos.O casal e seus dois filhos se acidentaram às 4h de sábado, perto do clube Águas Correntes e do Córrego de Saia Velha, próximo a Santa Maria. Um homem e duas crianças se salvaram antes do carro ser tomado pelas chamas, mas Rejane dos Santos, 31 anos, não conseguiu sair do veículo e morreu no local. O carro ficou completamente carbonizado após a batida.
O motorista e marido da vítima, Deilton Aparecido Alves, 35, foi resgatado com suspeita de fratura na perna direita. Sua filha, Suzana dos Santos Alves, 13, também sobreviveu ao acidente com apenas uma suspeita de fratura no ombro. Segundo o Corpo de Bombeiros, o filho mais novo do casal, David Santos Alves, 6, sofreu traumatismo craniano e estava internado em estado grave no Hospital Regional do Gama (HRG) até o começo da noite de ontem.
Controvérsias
Também até a noite, a Polícia Civil procurava o responsável por atropelar o PM Leandro Correia. O soldado ficou gravemente ferido após um Honda Civic em alta velocidade o atropelar na beira da estrada onde ele com dois amigos para urinar em Vicente Pires por volta de 1h30. Os bombeiros ainda levaram o militar para o Hospital de Base, mas ele não resistiu e morreu às 6h. De acordo com o depoimento dos colegas da vítima, o motorista do Honda não prestou socorro e fugiu em um táxi.
Segundo os depoimentos dos sobreviventes, o veículo capotou depois de atropelar Leandro e colidir com a caminhonete do grupo, que estava parada no acostamento. O carro atingido ainda bateu em um dos colegas da vítima, o motorista do carro atingido. Ele sofreu apenas lesões leves. O terceiro integrante do grupo estava dentro da caminhonete no momento do acidente, e não foi ferido.
O delegado Geraldo Carneiro , da 38; Delegacia de Polícia (Vicente Pires), afirmou ter pistas que podem levar à prisão temporária do motorista. ;Às 3h30 da mesma noite um homem compareceu à 17; DP (Taguatinga), dizendo que dois elementos armados lhe tomaram o Honda. Mas temos provas de que o depoimento é falso. Ele estava em casa, em Taguatinga, desde 21h, não foi assaltado nem é o atropelador;, contou o delegado.
O carro está em nome de uma mulher, que diz ter vendido o veículo e já apontou à polícia o atual dono do carro. A polícia acredita que ele é o atropelador do PM e busca o foragido para decretar sua prisão temporária. Segundo Geraldo Carneiro, ele pode responder pelo crime de homicídio doloso, porque assumiu o risco de matar com a direção perigosa. O homem que mentiu durante depoimento pode cumprir até um ano de prisão por comunicação falsa de crime.