postado em 21/12/2011 07:38
;Foi o calor da bebida.; Assim o vigilante Wellington Ferreira de Almeida, 26 anos, explicou o assassinato do cabo aposentado da Polícia Militar Vicente Pereira Nunes, 48. O crime aconteceu na noite da última quinta-feira. Amigos há mais de 10 anos, segundo Wellington, o acusado e a vítima bebiam na casa de Vicente, na Rua Gerânio, no DVO, Gama, quando teria começado uma discussão. ;Ele me empurrou, começamos a brigar e peguei o canivete;, recorda o vigilante, que atingiu o PM aposentado na garganta. O corpo foi encontrado na noite da última segunda-feira em um matagal entre o Pedregal e o Novo Gama, há cerca de 40km de Brasília.
O desaparecimento do policial aposentado foi registrado na manhã da segunda-feira por uma amiga, que morava no mesmo lote da vítima. A mulher contou aos policiais que não via Vicente desde a noite da última quinta-feira. ;Ela disse que ele estava bebendo com Wellington e que, por volta das 3h, escutou uma movimentação estranha. Desde então, não o viu mais;, conta o delegado-chefe da 33; Delegacia de Polícia (Santa Maria), Guilherme Nogueira. Na DP, Wellington teria confirmado que esteve na casa da vítima. ;O acusado afirmou que beberam até tarde e que, no meio da madrugada, ele encontrou outro amigo e foi para uma boate no Pistão Norte. E que o Vicente foi para outra festa, sozinho;, relata o delegado.
O amigo que teria saído com Wellington na noite do crime foi localizado pela polícia. O técnico em informática Cleber Aguiar Rosa, 32 anos, tentou confirmar o relato de Wellington, mas não conseguiu sustentar a falsa versão. ;Ele começou a entrar em contradição e foi só apertá-lo para soltar a verdadeira história;, explica Nogueira. Após esfaquear Vicente, Wellington ligou para Cleber e pediu ajuda. A dupla carregou o corpo da vítima até um matagal voltou para a casa de Vicente. ;Lá, eles tentaram forjar um assalto;, afirma o delegado.
Os objetos furtados foram encontrados na casa de Cleber. ;Agi por impulso, por amizade;, diz. Ele será indiciado por receptação e ocultação de cadáver. Somadas as penas, pode pegar seis anos de prisão. Wellington será indiciado por homicídio duplamente qualificado, furto e ocultação de cadáver. Pode ficar 14 anos encarcerado.
Ele (comparsa de de Wellington) começou a entrar em contradição e foi só apertá-lo para ele soltar a verdadeira história;
Guilherme Nogueira, delegado-chefe da 33; Delegacia de Polícia