postado em 29/12/2011 16:58
Para sentir na pele a dificuldade vivida por aproximadamente 70% da população que utiliza o transporte público no Distrito Federal, o diretor do Departamento de Trânsito (Detran-DF), José Alves Bezerra, em companhia do diretor do DFTrans, Marco Antonio Campanella e do diretor técnico, Lúcio Lima, percorreram o trajeto da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) em um ônibus na faixa exclusiva. Eles partiram do terminal do Riacho Fundo em direção a Rodoviária do Plano Piloto no horário de pico da manhã desta quinta-feira (29/12). De acordo com o DFtrans, esta foi uma oportunidade de observar possíveis ajustes que poderão vir a ser feitos. Um deles poderá ser a restrição da passagem de caminhões em horários de pico; a reprogramação de semáforos a partir da identificação de gargalos no tráfego da via; e intervenções viárias, como desvios.
O diretor técnico do DFtrans, Lúcio Lima, apontou que na EPNB haviam dois problemas: o dos passageiros e o dos motoristas. Com a exclusividade, o DFtrans afirma que o tempo do passageiro é economizado em cerca de 10 a 15 minutos -- no percurso que era de 55 minutos a 1h15 --, o que para muitos motoristas de carro particular tem representado um atraso. Os engarrafamentos registrados desde a instauração do corredor para ônibus chegaram a 4 km.
Proibido transitar
"Os usuários de carros particulares não devem ficar presos no trânsito", garantiu o diretor técnico do DFtrans. Para isso, estão sendo formuladas novas possibilidades. "A inclusão de táxis no corredor, assim como escolares. A proibição de caminhões transitarem na via em determinados horários de pico. Obras para criar uma nova faixa na entrada de Candangolândia", listou.
Segundo Lúcio Lima, o caminhão presta um serviço e pode muito bem se programar para deixar de percorrer a via nos horários a serem estabelecidos. "Pode haver transtorno inicial, mas Brasília não está inventando a roda. Estamos seguindo exemplos que deram certo. E vai dar certo aqui também", garantiu.
Para ilustrar a situação, Lima citou o caso de uma companhia de transporte público do DF que tinha 75% dos horários, de destino e chegada, atrasados e depois da faixa exclusiva registraram 0% de atraso.
[SAIBAMAIS]