Cidades

Amigos se despedem de Beatriz e pais são amparados por familiares

postado em 01/01/2012 08:20
Parentes e amigos sepultaram ontem o corpo da menina Beatriz Silva do Nascimento, sequestrada, violentada e morta no domingo de Natal. O enterro ocorreu no fim da manhã, no Cemitério de Taguatinga. Sob forte emoção, os familiares da garota, assassinada aos 9 anos, se despediram dela no último dia de 2011. O criminoso confesso, o pedreiro Francisco Cosme Leal da Silva, 39, continua preso e poderá responder ainda pelo estupro de outras quatro crianças no DF, que denunciaram o pedófilo depois da divulgação da morte de Beatriz.

Não houve velório, e cerca de 150 pessoas participaram do enterro. A Polícia Militar cedeu três micro-ônibus para o transporte dos parentes, a maioria carente. Pai da vítima, o agente de limpeza Reginaldo Pereira do Nascimento, 51 anos, estava muito emocionado. ;É uma dor muito grande, mas temos certeza de que ela está com Deus. Não sinto raiva (do criminoso), deixo a Justiça para Deus;, comentou Reginaldo. A mãe, a operadora de máquinas Maria de Lourdes Silva Feitosa, 37 anos, teve de ser amparada por parentes em vários momentos.

A servidora pública Elizabeth Guedes, 45 anos, não conhece ninguém da família Nascimento, mas ficou tão chocada com a história que decidiu ir ao sepultamento para manifestar o seu pesar. ;Tenho uma filha de 5 anos e fiquei muito comovida com o caso. Consigo imaginar a dor dessa mãe e a tristeza dessa família. Por isso, vim ao enterro;, justificou.

Agentes da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), que investigavam o sumiço da moradora do Areal, em Taguatinga Sul, encontraram o corpo de Beatriz na noite da última quinta-feira, quatro dias após o crime. A criança havia sido estuprada e assassinada em uma mata fechada, próximo a um córrego, no Setor de Chácaras Colônia Agrícola Sucupira, no Riacho Fundo. O acusado mora perto do local do crime.

Beatriz desapareceu por volta das 11h30 do domingo de Natal. A pedido da família, a menina saiu de casa, na QS 11, no Areal, para comprar pão. Mas ela não voltou mais. Depois do sumiço, policiais divulgaram um vídeo em que a vítima aparecia caminhando apressada ao lado de um homem ; as imagens foram captadas pelas câmeras de uma loja próxima à casa da família da vítima. Sete quilômetros separam o local da abordagem do ponto em que a criança foi assassinada. Um vizinho viu as cenas, divulgadas em meios de comunicação, e ligou para a polícia. Agentes da DRS localizaram o acusado em um barraco, no mesmo local mencionado pelo denunciante. Pressionado, o criminoso confessou o assassinato.

Colaborou Helena Mader

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