postado em 02/01/2012 07:30
A madrugada do primeiro dia do ano registrou pelo menos três assassinatos no DF, em Samambaia e em Ceilândia. Na primeira cidade, dois jovens, de 12 anos e 20 anos, perderam a vida após serem atingidos por tiros em frente a uma distribuidora de bebidas. No P Sul, em Ceilândia, o corpo de um homem de aproximadamente 25 anos foi encontrado em uma vala, ao lado de um campo de futebol. A polícia suspeita de execução. Ninguém foi preso pelos homicídios.Segundo informações preliminares, por volta de 3h, um homem não identificado descarregou a pistola calibre .380 no local. Os tiros atingiram o rosto do garoto Gabriel Campos da Silva e a cabeça de Paulo Ricardo Duarte Monteiro. Os dois participavam de uma confraternização no Conjunto 1 da QR 315, em Samambaia Sul. O local estava cheio de gente, mas outras vítimas não foram confirmadas.
Testemunhas socorreram Gabriel e Paulo e os levaram para o Hospital Regional de Samambaia, onde chegaram às 3h20. A unidade de saúde informou que Gabriel não resistiu aos ferimentos e morreu às 3h25. Paulo faleceu 20 minutos depois. Faltam detalhes do crime. Não se sabe, por exemplo, se o autor dos disparos estava entre os presentes, se passou pelo local a pé ou por meio de um veículo. O delegado plantonista da 26; DP (Samambaia), Eduardo Mendonça, disse que, por enquanto, nenhuma hipótese pode ser descartada.
Segundo a tia de Gabriel, a frentista Genir Campos de Sousa, 35 anos, o menino costumava frequentar a distribuidora, que fica na esquina da rua onde morava. Ele teria amizade com o dono do estabelecimento. Genir disse que o sobrinho foi e voltou da distribuidora várias vezes ao longo da madrugada. ;Só sabemos que ele estava lá na hora e pagou com a vida sem ter feito nada a ninguém;, lamentou. Gabriel começaria o 5; ano do ensino fundamental.
Tatuagem
A Polícia Militar encontrou ontem, por volta das 12h30, o corpo de um homem de aproximadamente 25 anos em uma vala ao lado de um campo de futebol, no Conjunto Z da QNP 28, no P Sul. Ele estava sem roupas, com duas perfurações no peito e um trauma na cabeça. Os documentos de identificação não foram encontrados. A PM acionou a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, que usaram cordas para içar o corpo, já que o buraco tinha 20 metros de profundidade. A ação durou menos de meia hora.
Para os policiais da 23; Delegacia de Polícia (P Sul), tudo indica se tratar de uma execução, que teria acontecido na noite de sábado, estimativa feita em função do estado do cadáver. A ausência de roupas e de documentos pode ter sido uma tentativa dos executores de dificultar a identificação da vítima. Nenhum familiar apareceu para reconhecer o corpo.
O homem tem 1,70m e o nome Kayke tatuado no antebraço direito. Peritos do Instituto Médico Legal (IML) colherão as impressões digitais para tentar levantar dados sobre a vítima. A polícia também procurará por pessoas com características semelhantes às dela em bancos de dados de desaparecidos