Cidades

GDF estuda possibilidade de usar mão invertida para ônibus na EPTG

postado em 06/01/2012 07:25
Depois de anunciar diversas medidas para a melhoria da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a Secretaria de Transportes, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) também estudam formas para colocar em funcionamento a faixa exclusiva para ônibus da via. Entre as opções, foram apontadas as possibilidades da implementação da mão contrária para a circulação de ônibus, também conhecida como mão-inglesa;, e da utilização da faixa como via expressa.

As ações seriam soluções temporárias de utilização da pista exclusiva enquanto ainda não é possível colocar em prática o projeto original da Linha Verde. Para utilização das faixas de concreto e das paradas de ônibus invertidas é necessária a conclusão da compra de veículos articulados, com portas dos dois lados. O processo licitatório teve início em 14 de dezembro, e, em fevereiro, deve ser publicado o edital de concorrência que definirá o consórcio responsável por operar na EPTG. Ainda não há previsão de data para que os novos veículos comecem a circular.

O fluxo invertido para os coletivos seria uma solução para o uso das paradas de ônibus, que continuam abandonadas no canteiro central da Linha Verde. Circulando no sentido contrário, mesmo os ônibus tradicionais, que contam apenas com portas do lado direito, poderiam desembarcar passageiros. Para não mudar a mão da via, outra solução seria usar a faixa de concreto como uma via expressa, em que os coletivos não parassem durante toda a extensão da EPTG. Os veículos que fizessem paradas ao longo do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e de Vicente Pires teriam de trafegar normalmente, pela via marginal.

Vantagem
Para o especialista em trânsito Paulo Cesar Marques, o uso da controversa mão-inglesa é mais vantajoso do que a via expressa. ;Faixas de ônibus em contra-fluxo são comuns em diversas cidades do mundo. E têm a grande vantagem de os veículos comuns não ocuparem o espaço, já que os motoristas não vão entrar na contramão;, apontou o professor da Universidade de Brasília (UnB). Para implantar a medida, porém, serão necessários diversos estudos sobre as adaptações necessárias. ;O problema é a velocidade de 80km/h, que é alta na possibilidade de um choque frontal;, alertou.

O diretor-geral do DFTrans, Marco Antonio Campanella, lembrou que as opções ainda estão sob análise, e não têm data certa para serem implantadas. ;Provavelmente, vamos colocar os ônibus circulando em vias expressas. A mão-inglesa vem contra todas as possibilidades, pois não há cultura no Brasil de usar esse sistema;, ressaltou Campanella. Segundo ele, o sistema semiexpresso seria o mais viável, pois a maioria dos passageiros que usam as linhas da EPTG não desembarcam nas paradas da via. ;Constatamos que um grande número de pessoas não para na EPTG. Eles saem de Taguatinga, de Ceilândia e de Samambaia, e param somente no Plano Piloto, e vice-versa. A via expressa fará com que eles cheguem mais rápido.;

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