Cidades

Mulher que abandonou bebê diz que escondeu a gravidez dos familiares

postado em 07/01/2012 10:45
Delegado chefe da 2ª Delegacia de Polícia - DP, Silvério Antônio Mota de Andrade, mostra a mochila onde estava bebê abandonadoA mulher que abandonou o filho recém-nascido na Asa Norte se apresentou voluntariamente à 2; Delegacia de Polícia, responsável pelo local, na noite desta sexta-feira (06). Segundo informações da unidade, a empregada doméstica, de 19 anos, está arrependida de ter deixado o bebê dentro de uma mochila no estacionamento de um supermercado na 403 Norte.

A intenção dela é entregar o menino para a adoção. Encontrado por um morador de rua na última quinta-feira, o bebê está internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Após receber alta, ele deve ser encaminhada para o Conselho Tutelar de Brasília.

A mãe prestou depoimentos à 2; DP e vai responder em liberdade. De acordo com o delegado-chefe adjunto da unidade, Vicente Paranahiba, ela será indiciada pelo crime de exposição ou abandono de recém-nascido, com pena que pode varia de 6 meses a 2 anos de reclusão.

Violência sexual

Natural de Cavalcante (GO), a infratora mora e trabalha como empregada doméstica em um apartamento na 203 Norte. Ela contou à Polícia Civil que sofreu violência sexual na cidade natal. Depois de dois meses, ao descobrir que estava grávida, conseguiu emprego em Brasília. Segundo o delegado Vicente, ela escondeu a gravidez dos familiares, dos amigos e dos patrões.

Os donos do apartamento onde ela trabalha viajaram pouco antes do Natal. Segundo informações da 2; DP, ela deu à luz sozinha, em 26 de dezembro, e ficou com a criança até a última quinta-feira, véspera da chegada dos patrões. À noite, ela abandonou o bebê no estacionamento do supermercado na 403 Norte.

O delegado Vicente afirmou que, minutos depois, a mãe se arrependeu e voltou ao local para pegar o filho de volta. Teria desistido porque viu que a criança já havia sido encontrada e ficou com medo do que aconteceria.

[SAIBAMAIS]Na próxima segunda-feira, a empregada deve ser submetida a exames no Instituto de Medicina Legal (IML) para comprovar as condições em que ocorreu o parto. De acordo o delegado Vicente, há manchas de sangue no suposto colchão onde ela deu à luz. O material também passará por perícia da Polícia Civil.

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