postado em 11/01/2012 17:07
Apesar da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) ter divulgado na tarde desta quarta-feira (11/1) que a criminalidade na capital da República reduziu 0,5% em 2010, o número de roubos com restrição de liberdade, mais conhecido como sequestro relâmpago, aumentou em 33,9% no mesmo período. Já a quantidade de homicídios subiu 13,2%, enquanto as ocorrências de tentativa de homicídio saltaram 17%. Outro tipo de crime que aumentou entre janeiro e dezembro de 2011, se comparado ao mesmo período de 2010, foi o latrocínio (roubo com morte), com seis casos a mais.
A boa notícia é que os crimes relacionados ao trânsito reduziram em 5,1%. Já os contra a pessoa caíram 4%. Crimes contra o patrimônio diminuiram 0,2%, com redução de 4,3% de furtos de veículos e de 8,6% de furtos em residências. Em 2011, o Governo do Distrito Federal investiu mais de R$ 40 milhões nas Polícias Civil e Militar, no Corpo de Bombeiros Militar e no Departamento de Trânsito do DF, destacou a SSP-DF na nota sobre as mais recentes estatísticas da violência na capital.
A SSP-DF não divulgou os números absolutos nem deixou nenhum representante dar entrevista para explicar os dados.
Aumento populacional
O subsecretário de Integração e Operações de Segurança Pública (Siosp) da SSP-DF, coronel Jooziel Freire, disse, também por meio da nota, que as ocorrências de sequestro relâmpago estão diretamente relacionadas ao aumento da população e às melhores condições de compra e poder aquisitivo.
Ele afirmou ainda que a SSP-DF tem atuado para acompanhar o aumento populacional e o poder de compra da população do DF. Para combater os crimes contra a pessoa, a Secretaria informou que vai intensificar as operações integradas, a campanha de desarmamento e fazer ações para retirar armas de circulação das ruas.
Sequestro no Sudoeste
Por volta de 18h30 de terça-feira (10/1), uma mulher de 32 anos foi vítima de sequestro relâmpago quando chegava em casa, na QRSW 4, setor mais conhecido como Sudoeste Econômico. Segundo a vítima, ela voltava de viagem. Enquanto tirava as malas do carro, foi abordada por um homem armado que a mandou entrar no banco traseiro, quando apareceu outro homem que também portava uma arma de fogo.
Ela ficou rodando de carro pelo Distrito Federal por cerca de uma hora, na companhia dos dois homens, até ser deixada no Setor de Chácaras de Brazlândia, distante cerca de 45 quilômetros de sua casa, onde conseguiu ajuda dos moradores e entrou em contato com a família. A mulher não foi agredida, mas os bandidos fugiram com o veículo e alguns pertences. Ninguém ainda foi preso.