postado em 12/01/2012 08:11
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) não pretende deixar a vaga na Câmara Legislativa (CLDF) aberta com a cassação de Benício Tavares permanecer com o PMDB e tenta conquistá-la na Justiça. Na tarde de ontem, o presidente regional do PSB, Marcos Dantas, convocou entrevista coletiva para apresentar as ações do partido na tentativa de reverter a decisão e o ato da Câmara de empossar o empresário Robério Negreiros (PMDB). O PSB quer a anulação dos votos conquistados por Benício nas eleições de 2010. O peemedebista foi cassado por compra de votos e abuso de poder econômico.
Nas contas da legenda socialista, com a retirada dos 17.558 votos conquistados pelo peemedebista, a vaga deveria ser ocupada pelo candidato Guarda Jânio (PSB). Isso porque haveria uma recontagem dos sufrágios e a redistribuição de acordo com os blocos eleitorais. ;Na medida que não conte para o PMDB, a Justiça Eleitoral tem de fazer uma nova contagem e dar a vaga ao PSB;, afirma Dantas. No entanto, outro candidato faz contas diferentes. Raimundo Ribeiro (PSDB) também postula a vaga.
Segundo Marcos Dantas, o partido tentará chamar a atenção dos ministros do TSE para a causa: ;Vamos para as redes sociais e para as ruas mostrar que eles têm de ter cuidado para analisar o processo;. Em 27 de dezembro, o presidente do TRE-DF, desembargador João Mariosi, negou a cautelar buscada por Jânio para assumir a vaga. Por sua vez, Negreiros afirma estar tranquilo. ;Nós respeitamos a opinião das pessoas dos partidos e confiamos na avaliação da Justiça;, disse o deputado, por meio da assessoria de imprensa.
Inconstitucionalidade
Na tarde de ontem, o Ministério Público do DF também decidiu contestar atos da Câmara Legislativa e ajuizou três ações de inconstitucionalidade. A Procuradoria-Geral de Justiça local aponta vícios em três projetos de lei aprovados no fim de 2011. Um deles trata da reestruturação da carreira da Auditoria Tributária do DF, com a indevida transposição funcional. Outra proposta autoriza a contratação, sem licitação, de escolas de samba e de blocos de enredo para o carnaval. Por fim, o MP apontou falha de iniciativa na proposição que institui a campanha sobre eclâmpsia.