Após 37 dias com os braços cruzados, os metroviários decidiram encerrar a greve no Distrito Federal. A decisão foi tomada após assembleia feita pela categoria na noite desta terça-feira (17/1).
[SAIBAMAIS]Na tarde hoje, o Conselho Especial do Tribunal Regional do Trabalho da 1; região determinou, por unanimidade, o fim da greve. Os desembargadores argumentaram que embora a greve não tenha sido abusiva, os metroviários deveria voltar ao trabalho imediatamente. Em contrapartida, a Justiça exigiu que o governo apresente em 15 dias, no máximo, uma proposta para a categoria.
Caso o governo não cumpra a decisão da Justiça, será obrigado a pagar uma multa diária de R$ 20 mil. A mesma pena vale aos metroviários que não voltarem às suas funções nesta quarta-feira (18/1).
Durante a greve, os cidadãos que dependiam do serviço tiveram dificuldades para se deslocarem. Nos dias mais críticos, o tempo médio de espera para embarcar nos trens passou de 5 minutos para mais de uma hora. Para garantir um lugar em um dos vagões foi preciso empurra-empurra.
Com a greve dos metroviários, o Metrô disponibilizou apenas nove trens nos horários de pico, em vez de 24 vagões -- quantidade utilizada em dias normais. Em outros períodos, esse número caia para seis.
Fora do período de férias, 160 mil pessoas utilizam o sistema todos os dias. Esta foi a maior greve de metroviários já realizada no Brasil.
Reivindicações
Os metroviários pedem o cumprimento do acordo coletivo firmado em abril deste ano com o GDF e melhorias dos benefícios. A categoria afirma que não tem gratificações e se queixa por receber benefícios menores do que os pagos aos funcionários de outras empresas públicas do DF. Durante os 37 dias de greve, o governo não apresentou nenhuma proposta à categoria.