postado em 26/01/2012 08:00
Mais uma pessoa foi vítima de sequestro relâmpago neste ano, desta vez no Paranoá. Dois bandidos armados abordaram um homem de 43 anos, por volta das 22h de terça-feira, em frente à casa da vítima, na Quadra 18. O alvo da ação criminosa foi obrigado a passar para o banco de trás de seu carro, um Fiat Uno vermelho, e permaneceu sob custódia dos sequestradores por cerca de 30 minutos. Depois, os bandidos o deixaram às margens da DF-250, que corta a área rural do Itapoã.Ainda que o caso adense as estatísticas de roubo com restrição de liberdade ; já são cinco desde o início do ano ;, o episódio tem características peculiares. Os sequestradores não ameaçaram a vítima ou a obrigaram a sacar dinheiro, como ocorre de praxe. ;Os bandidos disseram que precisariam do carro ;só; para matar uma pessoa em Planaltina;, contou a delegada adjunta Jane Klébia Paixão, da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), onde o caso foi registrado na madrugada de ontem.
A delegada não pôde confirmar se o plano de homicídio chegou a ser concretizado e afirmou que averiguaria com outras delegacias se houve casos de assassinato possivelmente relacionados ao sequestro. O carro da vítima, até o fechamento desta edição, não havia sido localizado. De acordo com Paixão, o morador do Paranoá não sofreu quaisquer ferimentos ou agressões, mas não conseguiu dar detalhes precisos da aparência dos sequestradores porque ficou de cabeça baixa durante a maior parte do tempo em que esteve retido pelos bandidos. Após meia hora, os homens soltaram a vítima na altura do Km 20 da DF-250, que dá acesso à zona de chácaras do Itapoã.
Ascensão
Cresceu em 33% o número de ocorrências de sequestro relâmpago no DF, entre 2010 e 2011. Um balanço da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal contabilizou 675 casos entre janeiro e novembro de 2011, contra 504 registros no ano anterior. No Paranoá, foram oito em 2010 e 10 no ano passado. Em 2012, pelo menos quatro casos foram registrados no DF pela Polícia Civil nos primeiros 24 dias do ano. Três deles ocorreram em menos de uma semana, em Samambaia, no Gama e em Águas Claras.