Cidades

Com greve dos vigilantes, hospitais têm que remanejar funcionários

postado em 27/01/2012 17:24
Além dos bancos, que tiveram que fechar as portas nesta sexta-feira (27/01), a greve dos vigilantes do DF vem alterando a rotina de outros serviços, como os de saúde. Para tampar o buraco que os seguranças deixaram após a paralisação, funcionários de outros setores, como da limpeza, estão tentando controlar a entrada e saída de pessoas.

O Hospital de Base funcionou essa manhã com dois vigilantes, na psiquiatria e na UTI. Segundo o diretor-administrativo do HB, Henrique Tamm, foi necessário remanejar servidores para cuidar dos acessos do Hospital. "Está uma situação de desespero. Caso haja algum problema, furto ou dano nós entraremos judicialmente contra o sindicato porque não foi respeitado os 30%", afirmou.
[SAIBAMAIS]
Por meio de nota à imprensa, a Secretaria de Saúde do DF diz que solicitou apoio à Casa Militar do Governo do Distrito Federal e à Secretaria de Segurança Pública, para suprir a segurança nas unidades hospitalares em razão da greve. O controle nas portarias continuará a ser efetuado por funcionários da SES e os centros de Saúde foram autorizados a fechar durante o horário de almoço, enquanto permanecer o impasse trabalhista.

Programação suspensa
A Caixa Cultural também informou, na tarde de hoje, que devido a paralisação dos vigilantes, a programação prevista para os espaços expositivos está suspensa a partir da próxima segunda-feira (30/01). Com estarão fechadas a Sala de Leitura e Debate, as galerias Principal, Vitrine e Piccolas I e II, além do Átrio dos Vitrais. A bilheteria do teatro também não irá funcionar nos dias 28 e 29, com previsão de reabertura para terça-feira (31/01).

Prejuízo aos bancos
Quase todas as agências bancárias amanheceram fechadas nesta sexta-feira (27/1). Mesmo com a presença dos bancários, os caixas não funcionaram devido à falta de vigilantes causada pela greve da categoria. Empresas financeiras de empréstimos também não abriram.

Por volta do meio-dia, diversos profissionais de segurança passaram nas agências do Setor Comercial Sul para conferir se não havia empregados furando a greve. A agência do Santander, que estava funcionando, fechou a pedido do gerente. Apenas os clientes que já estavam dentro do local foram atendidos. A agência do Bradesco da 504 Sul também chegou a abrir pela manhã, mas logo um grupo do sindicato chegou e a agência teve que fechar. Em todos os bancos fechados, os clientes eram orientados a usar a internet, os caixas eletrônicos ou pagar as faturas em lotéricas.

Alguns bancos mantiveram o atendimento comercial, enquanto a maioria apenas permitiu transações nos caixas eletrônicos. Uma agência do Banco do Brasil, no Setor Comercial Sul, permaneceu fechada durante a manhã, sem funcionários nem cartazes para explicar o motivo.

Com a falta de vigilantes, o Zoológico também não pode abrir as portas. As agências bancárias estão impedidas por lei federal de funcionarem sem a presença dos vigilantes.

Negociação
O Sindicato Patronal das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores (Sindesp-DF) e o Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF) irão se reunir na tarde desta sexta-feira (27/1) no Ministério Público do Trabalho para decidir os rumos da greve, anunciada na noite ontem pela categoria de trabalhadores.

Segundo o diretor do Sindesv, João Vianney, 80% dos vigilantes estão parados. Vianney disse que o sindicato não conseguiu avisar os funcionários das áreas rurais sobre a paralisação.

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