Cidades

Devido à paralisação dos vigilantes, unidades de saúde têm rotina alterada

postado em 28/01/2012 08:02
No Hospital Regional da Asa Norte, pacientes tinham livre acesso à portaria do centro obstétrico e o ambulatório chegou a fechar
A greve dos vigilantes, deflagrada na noite de quinta-feira passada, também afetou o funcionamento dos hospitais públicos do Distrito Federal. Servidores de diversas áreas fizeram um mutirão para preencher fichas e vigiar os acessos às unidades de saúde. Auxiliares de limpeza, técnicos, motoristas e enfermeiros se revezaram no trabalho realizado anteriormente pelos vigilantes. Estacionamentos e algumas entradas ficaram desprotegidas. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o ambulatório acabou fechado nas primeiras horas do dia e foi reaberto ainda pela manhã. Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou ter solicitado apoio à Casa Militar e à Secretaria de Segurança Pública a fim de suprir a ausência dos serviços nas unidades hospitalares em razão da greve dos vigilantes.

Em nota, o governo afirmou que ;o controle nas portarias continuará a ser efetuado por funcionários da secretaria e os centros de saúde foram autorizados a fechar durante o horário de almoço, enquanto permanecer o impasse trabalhista;. Sem acordo, diversos setores seguem descobertos pela vigilância. A pediatria estava vazia e sem ninguém para impedir a entrada de pessoas não autorizadas. Do lado de dentro do Hran, na portaria do centro obstétrico, três serventes controlavam a entrada e saída das pessoas. O acesso ficou pelo menos duas vezes sem ninguém por perto, durante 15 minutos. Os pacientes eram chamados por funcionários de outros setores.

Apesar do esforço para manter a ordem no Hran, alguns pacientes reclamavam da confusão na hora do atendimento. ;Fiquei quase 20 minutos no balcão só para fazer a ficha de entrada da paciente e a pessoa ainda fez errado. Logo vi que não estava preparada;, reclamou a cabeleireira Tânia Aparecida Pereira, 41 anos. Ela acompanhava a irmã Ana Cristina, 37, que precisava de atendimento médico.

No Hospital de Base do DF, a portaria principal era vigiada por um policial militar. À tarde, as quatro guaritas ao redor da unidade hospitalar não tinham vigilante e o controle de visitantes era feito por servidores de outras áreas. Pela manhã, o setor de marcação não funcionou em razão de um segurança ter levado a chave na noite passada. O espaço foi reaberto horas depois. Em média, são 50 vigilantes por turno trabalhando no HBDF, mas ontem apenas o centro cirúrgico e a portaria central contavam com vigilância armada.

Sequestro
Pronto-socorro, ambulatório e direção receberam apoio de servidores diversos. ;Os vigilantes estão fazendo falta, mas a gente tem se revezado e estamos dando conta do serviço. O problema é que deslocar policiais para fazer esse tipo de serviço prejudica a segurança do comércio porque o nosso efetivo é pequeno;, comentou um policial militar de plantão.

Na madrugada de ontem, uma mulher foi sequestrada na porta do Hospital de Base ao chegar por volta das 5h para marcar consulta. O bandido a fez dirigir até o balão do Riacho Fundo, onde acabou abandonada. Antes disso, eles passaram por uma viatura da PM, mas a vítima foi ameaçada de morte caso manifestasse alguma reação. A ocorrência foi registrada na 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga), mas será investigada pela 5; DP, responsável pela área.

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