postado em 28/01/2012 09:56
Policiais civis de Tocantins prenderam ontem o diretor da Divisão de Trânsito e Transportes Urbanos (Dittur) de Luziânia (GO), Marcelo Lemos de Assis. Com o auxílio da Força Nacional de Segurança, uma equipe da Delegacia Especializada em Investigações Criminais Complexas (Deic) de Palmas (TO), em cumprimento a mandado de prisão temporária, o deteve por suspeita de extorsão mediante sequestro. As vítimas são o gerente de uma agência do Bradesco em Porto Nacional (TO) e a família dele, em dezembro.Passando-se por agentes de saúde, dois homens chegaram à residência do gerente por volta das 12h de 29 de dezembro último, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública de Tocantins (SSP-TO). Panfletos de prevenção à dengue faziam parte do disfarce. Na casa, estavam a esposa e dois filhos do bancário, que, ao chegar, encontrou os familiares rendidos pelos assaltantes. De início, a dupla exigiu, sob ameaça de morte, o pagamento de R$ 100 mil.
O gerente foi até a agência. Após convencer os bandidos que o banco não possuía o valor cobrado, o bancário conseguiu cerca de R$ 60 mil, quantia entregue a um dos homens. Outro comparsa seguia com a família, até saber do repasse do dinheiro.
;Após o pagamento desse resgate, a família foi liberada em Palmas, a 60 quilômetros da cidade do crime;, relatou o delegado titular da Divisão de Repressão ao Crime Organizado da DEIC-TO, Claudemir Luiz Ferreira, que foi a Luziânia. Segundo ele, Assis foi preso quando voltava ao município goiano, na tarde de ontem. ;Ele é suspeito de participação em extorsão mediante sequestro;, disse. Capturado em Cristalina, Bruno Caixeta Gondim também era procurado.
As prisões ocorreram em razão de mandados de prisão temporária ; de 30 dias, renováveis pelo mesmo período ; emitidos pela Justiça de Tocantins. Até o fechamento desta edição, Assis não havia sido ouvido pela polícia. Para o delegado Claudemir Ferreira, há indícios da participação de Assis na extorsão mediante sequestro ; crime hediondo, com pena de oito a 15 anos de prisão.
;Trabalhamos com todas as linhas possíveis. Usamos vídeos, rastros telefônicos, impressões digitais;, detalhou. Casa e carro do gerente também foram periciados. ;Em tese, de acordo com a investigação, ele (Marcelo de Assis) teria participado de toda a ação;, afirmou.
O Correio tentou localizar um advogado do diretor da Dittur, mas não obteve retorno. A reportagem também ligou para a Prefeitura de Luziânia, sem sucesso.