Cidades

Mais de 300 mil estudantes de escolas particulares voltam às aulas hoje

postado em 30/01/2012 06:30
Júlia preferiu matricular a filha Luísa em uma escola bilíngue por acreditar na filosofia da instituição
Após dois meses de férias, mais de 300 mil crianças e adolescentes voltam às aulas em escolas particulares por todo o Distrito Federal. Nesta segunda e terça-feira, a maioria das instituições abre as portas para o retorno de alunos antigos e para novos integrantes do sistema educacional privado. Principalmente às crianças nas fases iniciais, pais e docentes devem estar atentos à adaptação e ao desenvolvimento no colégio. O início das atividades escolares costuma ser acompanhado de mais trânsito nos horários de entrada e saída, por isso é preciso ter precaução e redobrar a atenção para evitar acidentes.

Foi-se o tempo em que faltar à primeira semana de aula não acarretaria problemas aos alunos. No ensino médio, por exemplo, a carga é mais leve somente no primeiro dia. Mais próximos do vestibular e do Programa de Avaliação Seriada (PAS), esses estudantes não têm tempo a perder. Mas, nas séries iniciais, em especial no ano de ingresso da criança na escola, os primeiros dias são cruciais para a ambientação. ;Algumas escolas têm reuniões prévias com os pais para fazer apresentação, esclarecer dúvidas e explicar como serão as aulas. É uma preparação especial;, diz Fátima de Mello Franco, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF).

Por isso, acredita Fátima Franco, as famílias devem buscar instituições consoantes com seus valores e objetivos educacionais, já que no leque de colégios particulares as propostas pedagógicas são bem variadas.

A psicóloga Júlia Buarque, 36 anos, teve o cuidado de procurar por uma escola que atendesse aos seus critérios e na qual ela mesma se sentisse bem. Para Júlia, os pais precisam saber como se desenvolve a rotina da criança na escola, desde a avaliação do ambiente até a qualidade das aulas.

Apesar de morar na Asa Norte, ela decidiu matricular sua filha, Luísa, 6 anos, em uma unidade no Lago Sul. Pesou na escolha o fato de a instituição ter ensino bilíngue. ;Acreditei na filosofia da escola, por isso, acho que vale o esforço. Tive uma empatia instantânea com o lugar e acho que as crianças sentem isso;, afirma.

Desde que a filha entrou na escola, aos 2 anos e meio, Júlia procura mudar a rotina quando o início das aulas se aproxima. O mais difícil é fazer a menina dormir e acordar mais cedo. ;Se não é assim, quando chega a volta às aulas, ela passa a semana cansada e isso atrapalha todo o desenvolvimento dela;, acredita a mãe.

Para Fátima Franco, existe também a questão da expectativa das crianças e, mais uma vez, cabe aos pais e docentes contribuírem para evitar frustrações. Por isso, é importante a organização para a estreia na escola.

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